O CRISTO NÃO MORREU NA CRUZ. VOCÊ CONCORDA?

Tudo depende do contexto.
De uma certa forma, podemos dizer que o Cristo não morreu na cruz.
Questão apenas de detalhe.
No entanto, esse tipo de afirmação pode ofender as convicções de algumas pessoas.
O que acham os irmãos debatedores?

Querem uma pista?
Leiam o terceiro dos Pontos de Doutrina e da Fé que uma vez foi dada aos Santos.

É muito simples:

Tendo o Senhor Jesus duas naturezas, uma celestial e outra humana, deve ficar claro que aquela que triunfou foi a celestial, havendo sucumbido tão-somente a forma humana.

Portanto, quem morreu foi o "cidadão Jesus" (Yeoshua, o homem), e não o Senhor Jesus - o Cristo, que é imortal, e ao qual foi dado todo o poder nos céus e na terra.

Mediante tal ponto de vista, portanto, o Cristo não morre, portanto não morreu, muito menos em uma cruz.
Ele vive e se faz presente entre nós eternamente, amém.

Antes do mais, um esclarecimento que acho necessário.
Deus o filho encarnou em Jesus, tendo dessa forma o homem Jesus simultaneamente duas naturezas: A carnal (essência física) e a divina (essência espiritual).
Da mesma forma sucederá connosco - o nosso corpo morrerá mas as nossas almas/espíritos permanecerão porque eles são eternos.

Agora relativamente à pergunta colocada:
O Cristo morreu seguramente, já que Cristo é o título dado ao homem ungido do Senhor (Deus Pai). Deus o filho não poderia morrer... porque é Deus!
Por isto que acabei de escrever não vejo qualquer tipo de validade em pensarmos ou sequer entretermos na nossa mente a ideia de que Cristo não morreu.

O Cristo morreu, e não podia ser doutra forma pois assim Deus o Pai havia determinado (planeado) desde o princípio dos tempos, e com a sua ressurreição conquistou o pecado e a morte em nosso nome, para que n´Ele, e apenas n´Ele, possamos ter a segurança e a vitória imerecida da Vida Eterna.

Deus a todos abençoe,
Vitor Silva, CC em Portugal

Veja, irmão Vitor, que mesmo discordando sobre pontos de vista, chegamos ao mesmo fundamento, de que nada acontece ao acaso, que tudo obedece à Vontade do Pai, e que nEle temos a segurança e a vitória da vida eterna.
Podemos ate mesmo dizer que, se o Cristo morreu, o fez porém como a boa semente, que entrega sua vida para dar lugar a uma frondosa árvore, a qual dará sombra, abrigo e bons frutos.
Que Deus o abençoe.

Entendi seu ponto de vista, mas muitos falam a palavra "cristo morreu" por causa dos versículos:

(Romanos 5,6) Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.
(Romanos 5, Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.
(Romanos 8,34) Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.
(Romanos 14,15) Mas, se por causa da comida se contrista teu irmão, já não andas conforme o amor. Não destruas por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu.
(I Corintios 8,11) E, pela tua ciência, perecerá o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu.
(I Corintios 15,3) Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras,

Mas o que melhor explica é :
(Romanos 14,9) Foi para isto que morreu Cristo e tornou a viver; para ser Senhor tanto dos mortos como dos vivos.

Sendo "Jesus" um nome bastante comum, assim como "Simão" e "João", por exemplo, não é de se estranhar que os cristãos da era paulina se referissem ao Mestre como sendo "o Cristo".

Note-se porém que Cristo não é "nome", mas um "título", que significa "o Ungido", segundo os escritos gregos.
Pelos escritos hebraicos, no entanto, o Senhor Jesus não tinha esse título de "o Ungido", mas era descrito nas Escrituras profeticamente como sendo "o Messias" prometido pelo Deus-Pai.

Da mesma forma, "César" não é um nome próprio, mas igualmente um título, que significa "imperador".
"Augusto", por sua vez, também não é um nome próprio, mas um adjetivo, que significa "grande".

O imperador romano no poder na época da crucifixão de Yeoshua era "TIBERIVS AVGVSTVS CAESAR", ou seja, "grande imperador Tibério".

Mourão escreveu:Sendo "Jesus" um nome bastante comum, assim como "Simão" e "João", por exemplo, não é de se estranhar que os cristãos da era paulina se referissem ao Mestre como sendo "o Cristo".

Note-se porém que Cristo não é "nome", mas um "título", que significa "o Ungido", segundo os escritos gregos.
Pelos escritos hebraicos, no entanto, o Senhor Jesus não tinha esse título de "o Ungido", mas era descrito nas Escrituras profeticamente como sendo "o Messias" prometido pelo Deus-Pai.

Da mesma forma, "César" não é um nome próprio, mas igualmente um título, que significa "imperador".
"Augusto", por sua vez, também não é um nome próprio, mas um adjetivo, que significa "grande".

O imperador romano no poder na época da crucifixão de Yeoshua era "TIBERIVS AVGVSTVS CAESAR", ou seja, "grande imperador Tibério".

Bom eu já li outros livros inclusive o Alcorão que tem uma versão diferente para a história acerca do evangelho. Mas todos os outros livros que eu li são apenas estórias e na maioria contestáveis. Só servem para conhecimento extra, mas o conhecimento básico que eu levo para minha vida é a bíblia. Do contrário se torna impossível acreditar em alguma coisa.

Alguns chamam estes livros de complemento, eu discordo, para mim são meras estórias. Alguns chamam de histórias, mas eu ainda acho muito contestáveis para serem histórias.

Agora falar que a bíblia está se tratando de um Jesus que não é Cristo ai se torna uma completa distorção do que se lê. Tanto que na bíblia, os pontos que se referem sobre o apóstolo Judas Tadeu sempre tem alguma informação declarando que não se trata de Judas Iscariotes para não confundir mesmo, exemplo:

(João 14,22) Disse-lhe Judas (não o Iscariotes): Senhor, de onde vem que te hás de manifestar a nós e não ao mundo?

Se a bíblia em algum ponto se tratasse de outro Jesus que não fosse cristo então teria esta marcação como na dos dois Judas.

Veja outros pontos semelhantes:

(Mateus 10,4) Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.
(Marcos 3,19) e Judas Iscariotes, o que o traiu.
(Lucas 6,16) Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que foi o traidor.
(Lucas 22,3) Entrou, porém, Satanás em Judas, que tinha por sobrenome Iscariotes, o qual era do número dos doze.
(João 6,71) E isso dizia ele de Judas Iscariotes, filho de Simão, porque este o havia de entregar, sendo um dos doze.
(João 12,4) Então, um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de traí-lo, disse:
(João 13,26) Jesus respondeu: É aquele a quem eu der o bocado molhado. E, molhando o bocado, o deu a Judas Iscariotes, filho de Simão.

Perceba que a bíblia tem este cuidado de não deixar confundir Judas Tadeu com Judas Iscariotes. Sendo assim quando se trata de Jesus estamos realmente falando de Cristo.

Respondido a dúvida?

Perceba que a bíblia tem este cuidado de não deixar confundir Judas Tadeu com Judas Iscariotes. Sendo assim quando se trata de Jesus estamos realmente falando de Cristo.

Na verdade não havia nenhum outro "Jesus" próximo aos discípulos (que pudesse ser confundido), por isso nunca houve a necessidade de distinguir um do outro.
Posteriormente porém, como Jesus, Simão, Judas, João, etc. fossem nomes um tanto comuns, tornou-se necessária essa distinção, em especial perante os povos mais distantes de Jerusalém.
Note-se que Paulo não se referia jamais a Yeoshua (Jesus), mas sempre ao Cristo, e a Pedro como "Cefas", e não "Simão bar Jonas".
Por sinal, "Cefas" era um apelido ("sobrenome") que significava "cabeção", porque Pedro tinha uma cabeça "redonda como uma pedra".

Uma curiosidade: O "Tiago" (sobrenome Marcos) que conhecemos através da tradução de João Ferreira de Almeida, em Inglês tem o nome de "James" (de "Jameth").

Nota-se que o texto bíblico tem o cuidado de fornecer informações que não sejam confundidas ou que levem a outros entendimentos contraditórios.
Contudo, as diversas traduções e versões introduzem leves discrepâncias daqui e dali, todavia sem alterar significativamente os fatos.