Congregação Cristã e tratados externos: breves considerações
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Congregação Cristã e tratados externos: breves considerações
Saudações cristãs,
Prezados...
Sabemos que Louis Francescon "O Pioneiro" opunha-se (sem quaiquer reservas) a toda e qualquer aliança ou convênio de cunho secular. Postulava (segundo seus antecedentes teológico-doutrinários valdenses pré-reformados) que a "ekklésia" caracteriza-se como uma fração "à parte de", estando invariavelmente alheia ao Estado. Deste modo, o eventual estabelecimento de tratados ou coalisões que, direta ou indiretamente, remetam ao cesaropapismo* encontram-se de antemão revogados.
Disto resultou, entre outros, o fatídico desligamento de Francescon junto ao primitivo núcleo da "Assemblea Cristiana Italiana di Chicago", tendo esta adotado (á sua revelia) a "Italian Christian Church of North América"** como corporação juridicamente catalogada (1938).
Sua postura acirradamente adenominacional permitiu-lhe acatar o designativo "Congregação Cristã do Brasil" apenas sob a "ressalva representacional" e legalmente imposta (o mesmo aplicando-se a Congregazione Cristiana Pentecostale / Roma).
Portanto, de nosso histórico tradicionalmente isolacionista, advém nossa correspondente postura cautelar.
Apesar disso, a pós-modernidade e suas contingências tendem a flexibilizar posicionamentos e condutas, impondo-nos uma reavaliação conceitual. Assim, não obstante aversa ao secularismo e seus deletérios efeitos, coube a Congregação Cristã facultar o estabelecimento de alguns semi-tratados imprescindíveis à sua subsistência e expansão.
URI - United Religious Initiative
Considerando-se nosso acentuado avanço missionário estatisticamente constatado desde meados de 2000, pareceu oportuno a nosso Corpo Ministerial Central ater-se à identificação e seleção de um órgão de promoção e preservação da pessoa do evangelista e suas respectivas atividades. Uma vez que a ONU – Organização das Nações Unidas – não contempla a inserção de corporações de base religiosa em seu rol, surgiram-nos como opções em perspectiva algumas organizações parareligiosas como a World Parliament of Religions, a World Church Council e a United Religious Initiative. Em face de sua experiência e predicados diplomáticos, Ancião Arno Scoccia*** (Bufallo / NY) foi incumbido quanto ao proposto, deliberando-se, sob meticulosa averiguação, pela United Religious Initiative (URI), haja vista o nível de comprometimento institucional reduzir-se ao minimamente necessário.
URI - United Religious Initiative - logotipo oficial
Deve-se, contudo, destacar que o compromisso já desde 2004 assumido restringe-se (segundo as cláusulas contratuais) à assistência e cooperação elementares, vetando-se qualquer intervenção no âmbito institucional-doutrinário.
Processos de reconhecimento e regularização como aqueles referentes à Congregação Cristã na Índia e Congregação Cristã no Sri lanka constituem exemplos a serem mencionados. Na ausência de um respaldo dessa envergadura as liminares anti-conversão teriam já impossibilitado a formal implantação em tais territórios.
Disto conclui-se tratar de um convencional (e necessário) instrumento de veiculação político-logística, ignorando-se tanto ao lema quanto aos postulados filosóficos subjacentes ao órgão.
AEP - Aliança Evangélica Portuguesa
Semelhantemente, e pelas mesmas razões acima expostas, a Congregação Cristã em Portugal tem deliberado pela afiliação junto a “Aliança Evangélica Portuguesa” (AEP). Subjugado pela hostilização político-religiosa católica romana ao longo de séculos, o protestantismo português apenas obteve sua formal autonomia após a Revolução dos Cravos e ocorrências subsequentes.
AEP - Aliança Evangélica Portuguesa e seu logotipo
Como um perpétuo memorial e baluarte da liberdade de culto e seu assegurado direito surge a AEP - Aliança Evangélica Portuguesa.
No que se refere à Congregação Cristã em Portugal e seu registro para com a entidade, prevalece a modalidade associativa simbólica, salvaguardando-se, assim, a sua integral estrutura teológico-doutrinária e demais peculiaridades administrativo-eclesiásticas (idem URI).
____________________
* co-participação eclesial-estatal.
** ou "Chiesa Cristiana Italiana Del Nord América" - hoje "Christian Church of North América – CCNA".
*** Já recolhido ao repouso dos santos (17/05/2009).
Atenciosamente,
"Em Caridade"
Irmão Ednelson
"Ekklésia Christiana"- Mensagens : 497
Data de inscrição : 18/05/2011
Re: Congregação Cristã e tratados externos: breves considerações
Saudações cristãs,
Prezados...
Indagado em "MP" acerca da URI (United Religious Initiative) e sua proposta, pareceu-me adequado dá-lo a conhecer em caráter aberto ou público.
Trata-se, pois, de uma organização por assim dizer "inter-religiosa" ou "parareligiosa", uma vez que não consiste numa corporação religiosa propriamente dita. Outrossim, transcende ao aspecto restrito de uma corrente ou abordagem como, por exemplo, o World Church Council - exclusivamente composto por representações oriundas da cristandade.
Parte-se, portanto, de um patamar conceitual-filosófico plural, atendo-se mais a promoção da religiosidade e/ou espiritualidade, de modo a respaldar a sua livre expressão (propagação) e integridade.
Quanto a Congregação Cristã (conforme já descrito) atua como um suporte diplomático-político, fornecendo-lhe a assistência e coordenadas técnico-burocráticas, sobretudo, em circunstâcias decisivas como os processos de implantação e formal regularização.
Atenciosamente,
"Em Caridade"
Irmão Ednelson
"Ekklésia Christiana"- Mensagens : 497
Data de inscrição : 18/05/2011
Re: Congregação Cristã e tratados externos: breves considerações
Existem já algumas organizações para-religiosas que não são igrejas nem estão afiliadas ou vinculadas a alguma igreja em especial, mas que se propõem a reunir de alguma forma os cristãos de diversas denominações e a ajudar a difundir o Evangelho.
Entre elas citamos como exemplo a ADHONEP (Associação de Homens de Negócio do Evangelho Pleno).
Podemos considerar que seja "bom" o fato de tais associações existirem, embora no caso da CCB dificilmente tenhamos nelas qualquer participação.
Particularmente também vejo como "bom" o fato de existir uma bancada política evangélica, e mais uma vez ressalto que na CCB nada temos a ver com a política - e nem com politicagens.
Porém tal representatividade pode ser útil, assim como o foi o advento do catolicismo para os cristãos.
Se Roma não tivesse assumido politicamente a religião, mesmo travestida de "cristianismo", os verdadeiros cristãos não teriam sobrevivido às constantes perseguições. O catolicismo foi portanto uma balsa enviada por Deus para que sua igreja fosse preservada até que chegasse pelo menos em terra firme.
Isso é minha opinião particular, baseada em fatos meramente históricos.
Esclarecendo que assim como existe o Evangelismo verdadeiro e o evangelismo convencional também há o catolicismo cristão e o catolicismo convencional.
Cada um se situa individualmente conforme a natureza de seu próprio coração em seguir ao Espírito ou às convenções humanas.
Entre elas citamos como exemplo a ADHONEP (Associação de Homens de Negócio do Evangelho Pleno).
Podemos considerar que seja "bom" o fato de tais associações existirem, embora no caso da CCB dificilmente tenhamos nelas qualquer participação.
Particularmente também vejo como "bom" o fato de existir uma bancada política evangélica, e mais uma vez ressalto que na CCB nada temos a ver com a política - e nem com politicagens.
Porém tal representatividade pode ser útil, assim como o foi o advento do catolicismo para os cristãos.
Se Roma não tivesse assumido politicamente a religião, mesmo travestida de "cristianismo", os verdadeiros cristãos não teriam sobrevivido às constantes perseguições. O catolicismo foi portanto uma balsa enviada por Deus para que sua igreja fosse preservada até que chegasse pelo menos em terra firme.
Isso é minha opinião particular, baseada em fatos meramente históricos.
Esclarecendo que assim como existe o Evangelismo verdadeiro e o evangelismo convencional também há o catolicismo cristão e o catolicismo convencional.
Cada um se situa individualmente conforme a natureza de seu próprio coração em seguir ao Espírito ou às convenções humanas.
Sergio Teixeira- Mensagens : 1144
Data de inscrição : 12/05/2011
Localização : Rio de Janeiro
Re: Congregação Cristã e tratados externos: breves considerações
Saudações cristãs,
Irmão Sérgio...
Realmente...
A Providência se utiliza de insondáveis meios, alguns solapando a própria razão ou lógica (Isaias 55:8-9).
E, se aprouve a Providência fazer do infortúnio aparente (a apostasia romana) um trampolim para a consecução dos seus ideiais e projetos, haveremos nós de questioná-la?
Assim sucede atualmente. Indivíduos e organizações - em tudo alheios a Fé e seu mais superficial conhecimento - colocam-se à serviço do Reino e seus espirituais interesses.
Atenciosamente,
"Em Caridade"
Irmão Ednelson
"Ekklésia Christiana"- Mensagens : 497
Data de inscrição : 18/05/2011
Re: Congregação Cristã e tratados externos: breves considerações
Um membro de ADHONEP testemunhou que foi "evangelizado" por um grupo de jovens "hippies" na Europa, o qual nada entendia de cristianismo nem de religião, apenas "curtia um barato" pregando a "um tal de Jesus" do qual ouviram falar...
Esse testemunhado deixou-se conduzir pela mensagem entusiasmada, entrou um dia em uma igreja formal e lá então veio finalmente a descobrir o Evangelho.
Esse testemunhado deixou-se conduzir pela mensagem entusiasmada, entrou um dia em uma igreja formal e lá então veio finalmente a descobrir o Evangelho.
Sergio Teixeira- Mensagens : 1144
Data de inscrição : 12/05/2011
Localização : Rio de Janeiro
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