Congregação Cristã e assembleias ministeriais anuais: Ancião Louis Francescon - parecer e exortações [carta]
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Congregação Cristã e assembleias ministeriais anuais: Ancião Louis Francescon - parecer e exortações [carta]
Saudaçõs cristãs,
Prezados...
Estando às vésperas de mais uma edição de nossa ''Assembleia Ministerial Geral'' [RGE - Reuniões Gerais de Ensinamentos], pareceu-me oportuno trazer-lhes à memória alguns dos derradeiros pareceres e exortações de nosso Pioneiro [Ancião Louis Francescon] no tocante ao tema.
A presente carta - já mencionada em tópico correlato - adverte acerca da unidade eclesial e os cuidados para com a manutenção da mesma. Orienta em relação à identificação e trato para com os cismáticos ou oposicionistas, e enaltece o evento em pauta [Assembleia Geral] como um anual congraçamento entre pares. Nela ainda se manifesta, de forma breve, quanto à periódica emissão de cartas ou circulares (Epistolae Encyclicae/Litterae Encyclicae).
Segue para apreciação, conclusões e comentários:
LOUIS FRANCESCON Nº 311, N. LOMBARD AV. OAK PARK, Ill - U.S.A.
FEVEREIRO 3, 1954
DEUS SEJA LOUVADO
Louis Francescon aos meus amados irmãos na Fé Apostólica, reunidos na Rua Visconde de Parnaíba, 1616 em São Paulo, nos dias 15 e 17 de abril do corrente ano, para tomar ciência do relatório do andamento da Obra do nosso Senhor no querido Brasil, no ano de 1953 pp. A paz de Deus reine em vossos corações.
Agradeço ao Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que me concede vos enviar esta carta para vos recordar a graça que temos igualmente recebido do Piedoso Deus, por meio da morte e ressurreição de Seu Amado Filho, a Quem Ele não poupou a fim de que a Sua promessa tivesse o Seu cumprimento e o Seu nome fosse glorificado por Seus santos para sempre. Agora por meio das Sagradas Escrituras sabemos como pode vir manifestado o amor de Deus aos que estão longe da Sua Graça, enviando Seu Unigênito Filho a esta terra com uma natureza humana, dando-nos por meio d’ela o verdadeiro exemplo de humildade e também nos ensinando como Seu Pai pode ser manifestado a todos os filhos dos homens, a saber, observando os Seus mandamentos, em particular o seu novo, desta dispensação de graça aos Seus discípulos, que consiste em amar uns aos outros como Ele (Jesus) os tem amado também.
Os que são salvos por Cristo Jesus, com Ele recebem também o Pai que O enviou a esta terra para dar vida eterna a todos os que crêem e O aceitam como Único Salvador, pelo Qual Deus foi glorificado pela sua inteira consagração; é só por Jesus, Seu Unigênito Filho, que o Pai recebe a glória que lhe é oferecida pelos Seus crentes e, eles, pois como filhos adotados por Cristo, herdarão ao fim com Ele todas as promessas de Deus pai, se lhe permaneceres fiéis até a morte.
Sabemos também que a Igreja do Deus Vivente, vem sempre formada pelos que Ele chama a fazer parte d’Ela, sendo então esses confiados a Seu Filho, para por Ele usufruir e compreender sempre mais o amor de Deus, e o Seu querer; com isso eles ficam ligados em uma íntima comunhão uns com os outros pela sorte que lhes coube de serem feitos membros do corpo de Cristo, sendo Ele próprio a cabeça desse corpo glorioso, Quem governa todos os membros com um só espírito.
Isso vem explicado na segunda parte do cap. 12 da primeira carta aos Coríntios e nós por essa parte da Palavra de Deus, vemos claro que todos os membros precisam da cooperação uns dos outros que integram o mesmo corpo, para poder cada um exercer a ação na sua parte de virtude com os demais membros do próprio corpo.
Portanto vigiai para que não entre em nenhum de vós um espírito de independência, cuidando que se possa servir a nosso Senhor sem depender uns dos outros membros do corpo. Logo tal crença do homem já manifesta um orgulho contrário à humildade, à fé e doutrina apostólica, espírito esse que gera contenda que destroem a paz no povo, produzindo dissensões que formam partidos e criam seitas novas, provocando escândalos, perdendo-se assim o bom testemunho que o mundo quer ver em cada um de nós.
Essas obras perversas só serão produzidas por aqueles que se afastam do corpo de Cristo que é um só; eu sou uma testemunha desse mal e por isso não paro de vos exortar a permanecer firmes na celestial vocação, resistindo ao diabo, pai de todos os soberbos e rebeldes [1].
Sabendo vós também que não há outro caminho que conduz á glória eterna além deste no qual nos achamos.
Para esse fim é assim mui necessário que todos vos reúnam anualmente, não só por uma formalidade da lei, quando determina um relato do movimento anual da Congregação, porém maiormente para virdes sempre mais fraternizados e preparados para suportar-vos uns aos outros nos combates que pode se levantar contra a doutrina que tendes abraçado por graça alcançada do Bondoso Deus, para assim vir defendida por vós Seus filhos que sois também chamados para serem as Suas testemunhas até a volta de nosso Redentor.
Só irmanados nessas reuniões é que vós podeis honrar e amar uns aos outros e também estar prontos para impedir que o mal entre no meio de vós. Se vós achardes em comunhão podereis estar sempre em comunicação por meio de cartas e circulares quando algum do meio de vós vem seduzido por satanás.
Porque esses também têm que aparecer os quais anunciarão estranhas doutrinas contrárias a fé Apostólica. Os tais devem ser reprovados, assim como outros males que queiram criar raízes no meio de vós, deveis impedi-los por meio de vossa unidade e amor à obra de nosso Senhor.
Para com os de fora já estais imunizados [2]; espero que nosso celestial pai vos dê de perceber sempre mais a importância dessas reuniões anuais, que foi Ele mesmo Quem ordenou.
Até esta data foram levadas a efeito na Capital de S.Paulo, mais central para todos e, também porque há em S.Paulo mais e melhores meios para acomodar os que vêm de fora; porém ninguém venha tentado a julgar que S.Paulo ao fim chegue a ser uma nova Roma. Vos digo que Cristo é a nossa Única cabeça e aquele juízo não pode ocorrer porque Ele é o Dono do Universo e se tardar a vir, poderá permitir outras localidades para tal fim, se quiser: porém no momento é necessário vos acomodar em S. Paulo como no passado, com mais alegria e agradecimento a Deus, por aquilo que tem feito e que irá fazer por vós o nosso celestial pai, até a volta de Seu Amado Filho Nosso Senhor Jesus Cristo, almejada por toda a Igreja remida e santificada pelo sangue do concerto eterno.
Pode ser que esta seja minha última carta para essas reuniões anuais; eu me sinto livre perante todos vós, porque vos tenho servido fielmente naquele pouco conhecimento que o Senhor me tem confiado. Nunca busquei o que é meu, porém só esforcei-me em achar-me aprovado do Senhor, como Seu servo, e nada mais. Tenho considerado a Sua rica graça que Ele quis doar-me com os Seus eleitos; apreciando-a acima de todas as cousas deste mundo; boas oportunidades me foram apresentadas nas cousas desta vida, para usufruí-las, porém não estando elas de acordo à palavra de Deus, pelo Seu temor as recusei e nunca me faltou o pão de cada dia.
Com alegria a de um só par e sentimento com minha fiel esposa aceitamos a condição do Nosso Senhor, sem desanimarmos pelo que se apresentava contra nós neste caminho. Hoje minha única propriedade consiste em uma cova à direita de minha falecida esposa, com uma viva esperança que ao soar da trombeta de nosso amado redentor, ao Qual servimos juntos “com sacrifícios” nesta terra de vaidades, ouviremos a Sua bendita voz de conforto, tirando-nos fora do túmulo, para então irmos encontrar com Ele na nuvem da Sua glória junto a todos os Seus fiéis para assim contemplar perenemente toda a Sua formosura. Aleluia.
O inimigo da Verdade procurou muitas vezes tirar-me esta vida material, mas o meu Senhor aniquilou sempre os teus aguilhões e me amparou até esta data, dando-me longa vida para alegrar-me vendo a Sua milagrosa Obra junto com Seu povo, ao qual pertenceis também vós da parte de Deus, queridos amados do Brasil.
Eu vos saúdo no seu amor com as vossas queridas famílias e irmandade que representais nesta reunião, ao voltardes ao campo que o Senhor vos colocou em atividade espiritual. Orai por mim. Amém.
Vosso irmão que vos ama e estima na graça de Deus que temos alcançado pela fé em Cristo Jesus Redentor e Senhor nosso, o qual foi exaltado em eterno, para ser louvado junto ao Deus dos exércitos Celestiais, por ter vencido o autor de todos os males desta vida.
Louis Francescon
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[1] um ano após a anatematização e/ou desligamento do então ''encarregado ministerial’’ [cooperador] Aldo Ferreti, o ’’apóstata legalista’’.
[2] oposicionistas externos.
Atenciosamente,
''Em Caridade''
Irmão Ednelson
"Ekklésia Christiana"- Mensagens : 497
Data de inscrição : 18/05/2011
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