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A VERDADE SOBRE O DÍZIMO

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Mensagem  Jeter Dom Set 18, 2011 12:56 pm

Saudações em Cristo!


SOBRE O DÍZIMO


Não queremos aqui desprezar esse ensino que tem sido uma forma de expressão de fé de muitos cristãos, mas sim trazer à luz da Bíblia, se o dízimo é na atual dispensação, um mandamento apostólico que influencia na salvação.

Realmente em diversos pontos do Antigo Testamento, encontramos ensinos concernentes ao dízimo, que foi regularizado no advento da lei (Lv.27:30-34; Nm.18:23; etc). É interessante lembrar que o dízimo era restrito ao povo de Israel. A lei serviu de “aio” para nos conduzir a Cristo (Gl.3:24,25)
Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldito por nós (Gl.3:13). A Bíblia nos diz que quem fosse pendurado na cruz seria maldito. Diz ainda que quem está na lei, está separado de Cristo (Gl.5:4).Segundo a graça ele não pode ser aplicado porque é da lei, além do mais, trás maldição pra quem não o dá, como diz: “Com maldição sois amaldiçoados porque me roubais” (Mal. 3:9). O apóstolo Paulo escreveu aos Corintos que a lei foi abolida por Cristo (II Co.3:14), mas vamos aqui ponto a ponto, analisar esse assunto:

É comum vermos cristãos citarem a passagem de Mateus 23:23, quando Jesus, na censura aos fariseus, fez referência ao dízimo, e diz no final do versículo: “Deveis fazer estas coisas e não omitir as outras”. É necessário levarmos em conta alguns fatores:

1)- Jesus estava censurando os fariseus que procuravam guardar a lei, e não aos discípulos que estavam aprendendo do mestre, uma outra doutrina, com uma nova esperança, a do juízo, da misericórdia e da fé (Vs 3).

2)- Um testamento só passa a ter valor quando há a morte do testador (Hb.9:17), ou seja, Jesus estava elaborando o testamento, que passou a ter validade após a Sua morte.

3)- O véu do templo ainda permanecia sem se rasgar (portanto a lei não estava abolida). Daí a necessidade de fazer referência à lei. Em relação a esses fatores apresentados, pré concluímos que Jesus não estava ensinando a igreja a observar e praticar tudo o que os escribas e fariseus ensinavam, que também inclui a guarda do sábado, a circuncisão, o oferecimento de holocausto, etc, mas sim trazendo uma melhor expectativa em relação aos dogmas da lei, ou seja, tirando o fardo pesado e aplicando um jugo suave, que é a misericórdia e o amor de Deus.

O DÍZIMO E A LEI – O dízimo aparece pela primeira vez na Bíblia com Abraão (Gn.14:18-20), prática seguida pela sua descendência (Gn.28:20-22; Hb.7:4-6). Nessa época o dízimo era feito de forma espontânea, isto porque não estava em lei alguma. O fato de Abraão e os demais dizimarem antes do estabelecimento da lei, não significa que devemos, na condição de Cristãos, imitá-los. Afirmar que o dízimo é cristão porque Abraão dizimou antes da lei, é o mesmo que considerar como cristãs as práticas da “bigamia” e dos “holocaustos” por exemplo.

Ainda nos tempos do Antigo Testamento, enquanto vigorava a lei mosaica, naturalmente alguns profetas se ocuparam em revigorar a prática do dízimo, entre eles se destaca Malaquias (Ml.3:8-10). Se fóssemos tomar essa passagem como “doutrina” para nós cristãos, então precisaríamos guardar toda a lei de Moisés, que são “estatutos e juízos” (Ml.4:4), afinal, não foi o mesmo profeta que deu essa orientação?

O DÍZIMO E A GRAÇA – É bastante evidente nas Escrituras Sagradas que o dízimo não foi instituído à igreja de Cristo, que lendo o Novo Testamento, não encontramos essa doutrina. O apóstolo Paulo falou sim de uma forma de contribuição voluntária (II Co.9:7), que alguns dizem ser “ofertas alçadas”, e não dízimos. Para muitos, por falta de fé, acham que é muito arriscado esperar na guia espiritual dos crentes no que concerne às contribuições. Para estes, melhor é especificar um índice matemático, por considerá-lo mais confiável. Como cidadão judeu, Jesus cumpriu alguns rituais e dogmas da lei, mas não se furtava de pregar o Seu novo mandamento, baseado no amor e no bom senso. A igreja de Cristo ainda não estava edificada. Vejamos: “E sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mt.16:18), isto sugere um futuro. A igreja somente foi estabelecida após a morte do Testador, como já dissemos antes.

Podemos lembrar ainda, a passagem de Jo.12:24, que diz: “Na verdade, na verdade vos digo se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só, mas se morrer, dá muito fruto”. Jesus nessa passagem, falava de Si próprio, a semente de Deus que caiu na terra. Primeiro Ele precisava morrer para que a igreja fosse levantada. Ainda sobre o dízimo, poderíamos fazer as seguintes considerações:

a)-Não nos justifica. Na parábola do fariseu e do publicano, o dizimista foi condenado (Lc.18:10-14);

b)-A igreja de Cristo deve permanecer na doutrina dos apóstolos (At.2:42; Ef.2:20-22; Gl.2:9; Ap.21:14). Nos ensinamentos apostólicos não se fez menção do dízimo;

c)-Somente os levitas tinham ordem de receber dízimos do povo (Hb.7:5), isto é, dos judeus. Não consta em parte alguma do Novo Testamento que essa responsabilidade seria transferida aos pastores e ministros do evangelho, até porque não são da ordem de Arão e sim de Cristo, que é Sacerdote superior. Não seria agradável aos olhos do Senhor meter a mão naquilo que
não nos pertence;

d)-A igreja de Cristo não é um clube, onde as pessoas são obrigadas a pagar determinadas taxas para serem sócias, mas deverá ser uma família onde as pessoas contribuem voluntariamente, mas que também recebe ajuda quando
necessita. Isto caracteriza o verdadeiro amor que Cristo ensinou;

e)-Diante da atual estrutura capitalista que vivemos, o dizimista que procurar respaldo bíblico para a doutrina do dízimo, se embaraça em muitos pontos. Vejamos: Deve-se dizimar do salário bruto ou líquido? Deve-se dizimar de aplicações financeiras ou não? Deve-se dizimar dos lucros obtidos em negócios ou não? Caso positivo, analise o seguinte: E se alguém foi
logrado nesse negócio, a oferta é pura?
Ora, se o sacerdócio levítico que recebia dízimo, era constituído em fraqueza e teve fim, que diremos então se nos dias atuais, que é necessário estar sob a direção do Espírito Santo, restabelecermos as práticas desse sacerdócio? Com certeza, o Sacerdote eterno (Cristo) é superior aos humanos que morrem, pois Ele vive para sempre

Não podemos negar que muitas pessoas dizimistas, receberam de Deus as bênçãos advindas da obediência (no caso de quem considera um mandamento), mas também os ofertantes voluntários também são abençoados. Por tudo o que vimos, podemos concluir: A perfeição não está em dizimar ou ofertar, nem tão pouco em oferecer holocaustos, saudar com ósculo, lavar os pés (no sentido religioso), mas sim em crer no sacrifício único do Senhor Jesus, em prol das nossas almas.

Deus nos abençoe!
Jeter




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Mensagem  Sergio Teixeira Dom Set 18, 2011 11:35 pm

Irmão Jeter:
Tenho a acrescentar que:

- O livro de Malaquias foi em sua maioria escrito com relação aos sacerdotes e não ao povo.
Em Malaquias 2.1 está escrito textualmente "E agora, ó sacerdotes, este mandamento vos toca a vós".

- Em Mateus 23.23 o Senhor Jesus repreendia duramente os Escribas e Fariseus porquanto pagavam seus dízimos com especiarias - coisas sem importância - mas deixavam de retribuir a Deus naquilo que Ele realmente requeria deles, que eram o juízo, a misericórdia e a Fé.
No entanto, muitos hoje em dia distorcem essa palavra de severa repreensão, e ela passa indevidamente a ser uma suposta "confirmação" dessa espécie de dízimo assim praticado.

- A Bíblia faz outras citações com respeito a essa palavra.
Por exemplo, em I Samuel 8.15, o Senhor diz a respeito do que seria Saul como rei: "E as vossas sementes, e as vossas vinhas dizimará, para dar aos seus eunucos e aos seus criados."
I Samuel 8.17: "Dizimará o vosso rebanho, e vós lhe servireis de criados."
"Dizimar" aqui significa arrasar, delapidar, subtrair, reduzir à décima parte do que era.

- O dízimo que atualmente é cobrado nas igrejas em geral deveria ser explicado como sendo "uma forma de melhor organização social" para que a igreja em questão possa ter uma forma linear de arcar com seu custeio e com seus investimentos.
Mas deveria ser explicado ao povo que o dízimo é tão somente isso, e não uma "imposição bíblica", cobrada sob pesadas ameaças de maldições.
Contribuir regularmente para com o custeio da igreja e para com as demais necessidades é uma obrigação da membresia, e cada um deve ter esse bom sentimento em seu coração no sentido de contribuir.

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