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CRENTE TEM DE SER CARRANCUDO?

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Mensagem  Mourão Seg Jul 15, 2013 10:13 am

Lemos em Samuel 16.18 que o jovem David foi descrito como  sendo alguém que "sabe tocar, e é valente e animoso,e homem de guerra, e sisudo em palavras,e de gentil presença: O Senhor é com ele."

Vamos entender melhor os seguintes conceitos:

"Sabe tocar" significa que "tem habilidade" com seu instrumento musical, não apenas que aprendeu a manipulá-lo;

"Valente" significa "que tem e demonstra valor";

"Animoso" é "aquele que coloca a alma no que faz";

"Homem de guerra" refere-se à sua característica de não fugir ao combate: O jovem David enfrentou e venceu a ursa e o leão quando foi necessário;

"Sisudo em palavras" significa que ele tinha "palavras sábias", não que "andava de cara amarrada";

"De gentil presença" significa que era uma pessoa simpática, agradável, gentil, alegre.

E quando se afirma que "o Senhor é com ele", percebe-se que tudo quanto ele fazia trazia notável prosperidade.

Modernamente, e em outro contexto, tais afirmações poderiam ter interpretações diferentes.
Porém devemos nos ater ao contexto original.

Certas sociedades secretas ensinam e exigem que seus partícipes tenham de ser "sérios", "compenetrados", "misteriosos".
René Descartes tem uma frase célebre: "Por que desperdiçar em sorrisos os maiores poderes do homem?".

Cristãos todavia tem motivos suficientes para serem alegres, de presença sempre agradável, e não assim tão compenetrados, misteriosos ou carrancudos, de forma a tornar sua presença lastimável.

Cristianismo não tem nada a ver com ensinamentos secretos ou mesmo discretos.
Afinal, o Santo Evangelho deve ser pregado a TODA criatura, portanto é de natureza aberta e livre.
Temos portanto a liberdade e a obrigação de difundir, mas não de "cobrar" ou "atribuir erro".

Temos o paradigma do Mestre e Senhor Jesus, o paradigma de David, o paradigma dos santos que nos antecederam, no sentido de que nossa presença seja sempre agradável e motivo de júbilo.
Um crente, ao chegar em alguma parte, deveria - pelos exemplos que nos são dados pelas Escrituras - ser motivo de alegria, felicidade, paz, união, sabedoria.

No entanto, o que mais se observa por aí é que ao chegar "o evangélico" em algum lugar, as pessoas ficam logo apreensivas, como se dissessem "Xii! Lá vem aquele crente chato!..."
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CRENTE TEM DE SER CARRANCUDO? Empty Re: CRENTE TEM DE SER CARRANCUDO?

Mensagem  BadMix Seg Jul 22, 2013 10:10 am

Oportuno texto, bem a tempo de uma auto-reflexão. Como poderemos querer que ouçam a mensagem (Evangelho) que temos para transmitir, se pelas nossas próprias acções já se fecharam os ouvidos dos que nos rodeiam?

Deus o abençoe, eu tomei a minha parte Smile
Vitor, CC em Portugal

BadMix

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CRENTE TEM DE SER CARRANCUDO? Empty Re: CRENTE TEM DE SER CARRANCUDO?

Mensagem  Valder Seg Jul 29, 2013 4:09 pm

Irmão Mourão, permita-me discordar, no amor fraterno:

Até entendo o que o irmão quis dizer com sua postagem descrevendo Davi, mas não concordo que Davi seja paradigma para nós
pregarmos o evangelho. Na minha opinião, o irmão está focando no aspecto exterior, como se fosse de suma importância mostrarmos alegria, simpatia e palavras afáveis, para anunciarmos o evangelho de Cristo. Para mim, de acordo com o que sempre aprendi na Congregação, o importante é a mensagem que levamos, quando por Deus somos impelidos a falar. Quando Deus manda, Ele recomenda. Esta é a mensagem que aprendemos. O poder está na mensagem e na ordem de Deus e nunca no vaso que Deus se usa para anunciar. Desta forma, se o servo de Deus é carrancudo ou não, se possui uma linguagem agradável ou não, se fala muito ou pouco, deixa de ter importãncia, pois cremos que é Deus Quem opera nos corações e os chama para a Graça. Cada pessoa tem uma personalidade e age como tal e não podemos julgar nenhum irmão pela aparência. O que não se pode é fingir ser o que não é, ficar sério com o intuito de mostrar falsa santidade, tentar passar uma imagem que não corresponde, etc.

Isso que afirmo é o pensamento antigo, o que nos foi transmitido pelos irmãos antigos. Influenciados pelos meios de comunicação e pela cultura atual, que exige que seja aceito todas as formas de pensamentos e as diversidades culturais e sociais, parece ser conveniente que mostremos ao mundo, alegria, desprendimento, descontração, para que sejamos aceitos nos diversos meios sociais, mas isso é ilusório. É bíblico que sejamos rejeitados, que não queiram ouvir a Palavra de Cristo e zombem dos que anunciam Boas Novas de salvação.

Mesmo biblicamente, o paradigma dos apóstolos era o poder de Jesus Cristo, seja na operação de milagres, na repreensão de algum espírito malígno, confirmando a Mensagem. E os apóstolos não titubeavam quando tinham que repreender alguém, não importando o nível de autoridade ou cargo. Assim ainda ocorre com muitos irmãos quando Deus envia para pregar, seja para quem for. Não precisa ir sorrindo e nem precisa provocar gracejos. Basta ter a palavra de Deus no coração. E ainda, paz, alegria, união, felicidade e sabedoria podem ser evidenciadas e percebidas, sem que o visitante dê um sorriso ou fale alguma palavra sequer. Isso se chama espiritualidade, palavra pouco conhecida das novas gerações de crentes, infelizmente.

Deus abençoe a todos.




Valder

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CRENTE TEM DE SER CARRANCUDO? Empty Re: CRENTE TEM DE SER CARRANCUDO?

Mensagem  Mourão Seg Jul 29, 2013 8:05 pm

Deus abençoe a todos.

David é paradigma para nós, sim.
Cada um daqueles que nos antecederam é paradigma para os Cristãos. Não o fossem, não necessitaríamos saber nada do Velho Testamento, pois o Novo já nos testifica do Pai eterno, de Seu amor e de Sua misericórdia, e a isso, salvo os santos ensinamentos, nade seria necessário acrescentar.
Até Maria é para nós um excelente paradigma de fé, de coragem, de obediência, de espírito guerreiro...
Todos os santos que nos antecederam foram considerados santos por algum motivo em especial.
E é esse motivo que deve ser o alvo de nossa observação.
Se possível, devemos imitá-los no que foram notáveis.
Portanto, são, sim, paradigmas todos os que a seu tempo demonstraram valor cristão.

Não defendo transformarmo-nos em "máquinas de telemarketing", mas termos sempre palavras sábias e aspecto gentil, confiável.
Palavras "afáveis"? Não: Palavras de sinceridade, de verdade, mas de forma a não procurar ofender ostensivamente ao nosso semelhante.

Tem crente que é literalmente c-h-a-t-o, que fala durante as 24 horas do dia sempre de forma a lançar culpa e erro nos demais à sua volta.
O ideal seria falar menos, e mesmo calado, mostrar-se confiável.
Quando falasse, ter palavras de edificação, de correção (mas não de palmatória), de amor e de sabedoria do Alto.
Para mim, de acordo com o que sempre aprendi na Congregação, o importante é a mensagem que levamos, quando por Deus somos impelidos a falar. Quando Deus manda, Ele recomenda. Esta é a mensagem que aprendemos. O poder está na mensagem e na ordem de Deus e nunca no vaso que Deus se usa para anunciar.
Exatamente isso: Temos de levar a palavra de Deus, conforme Deus nos determina falar, e jamais como imaginamos previamente que devamos falar.
Cada caso é um caso, e a obra pertence a Deus, não a nós.
O vaso serve apenas para guardar alguma preciosidade que se coloque nele, a qual tem de ser preservada, e jamais modificada pelas características do vaso.
Desta forma, se o servo de Deus é carrancudo ou não, se possui uma linguagem agradável ou não, se fala muito ou pouco, deixa de ter importãncia, pois cremos que é Deus Quem opera nos corações e os chama para a Graça. Cada pessoa tem uma personalidade e age como tal e não podemos julgar nenhum irmão pela aparência. O que não se pode é fingir ser o que não é, ficar sério com o intuito de mostrar falsa santidade, tentar passar uma imagem que não corresponde, etc.
Se é "carrancudo" tem importância sim, e muita.
O olhar sempre espelha o que nos vai ao coração.
De que nos aproveita tornarmo-nos Cristãos e prosseguirmos alimentando a antiga personalidade do velho homem?
Já temos agora que assumir a personalidade do próprio Cristo.
Isso que afirmo é o pensamento antigo, o que nos foi transmitido pelos irmãos antigos. Influenciados pelos meios de comunicação e pela cultura atual, que exige que seja aceito todas as formas de pensamentos e as diversidades culturais e sociais, parece ser conveniente que mostremos ao mundo, alegria, desprendimento, descontração, para que sejamos aceitos nos diversos meios sociais, mas isso é ilusório. É bíblico que sejamos rejeitados, que não queiram ouvir a Palavra de Cristo e zombem dos que anunciam Boas Novas de salvação.
Penso que temos obedecer ao pensamento que nos foi transmitido pelo próprio Cristo, por mais antigos que sejam nossos atuais paradigmas. Acho que está havendo uma inversão de valores, não?

Não estou defendendo a tese do pregador ou evangelista piadista, mas a do "não-carrancudo", a do "não-palmatória do mundo".
Se por um lado piadistas e galhofeiros possam eventualmente estar fora da comunhão, todavia carrancudos em geral deixam transparecer durante todo o tempo um rastro de ódio vingativo que ainda habita em seus corações, e isso não é nada bom para nós.

Entenda: Ser sério porém sábio e manso é uma coisa; Ser carrancudo, com cara de poucos amigos, ignorante e dando coice, é outra totalmente diferente.
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CRENTE TEM DE SER CARRANCUDO? Empty Re: CRENTE TEM DE SER CARRANCUDO?

Mensagem  Valder Sex Ago 09, 2013 6:17 am

Prezado,  os  diversos personagens  do AT deixaram-nos exemplos de obediência e também desobediência a vontade divina. Para mim, Davi não é paradigma porque foi um homem como outro qualquer, sujeito as mesmas paixões; que amou a Deus e o serviu, mas pecou, adulterou e cometeu assassinato. Da mesma forma outros personagens, que devem ser compreendidos dentro do contexto do tempo em que viveram. Abraão é outro exemplo de homem de fé, mas  em certa ocasião, mentiu para livrar a própria pele, deixando a esposa a mercê de um estranho.   Na verdade, devo olhar a vida deles como exemplo, tanto o lado positivo, de fé e obediência a Deus e o lado negativo, como exemplo do que não devemos fazer, do que acontece quando não obedecemos a vontade divina.

Paradigma, pra mim, é Jesus Cristo e os conceitos e verdades que podemos apreender das Escrituras. Acredito que desde o Eden Deus estabeleceu um paradigma de obediência e a Bíblia mostra os que seguiram este paradigma ou não e aqueles que tentaram quebrá-lo.

A palavra santo que aparece no Novo Testamento denomina todos os cristãos convertidos a Jesus Cristo e não tem nada a ver com algum feito especial. O conceito de santo como alguém extraordinário foi criado pela religião.

Concordo com o irmão que o crente não deve ser chato, falador,  julgador,  de espírito amargurado, vingativo, mal educado, etc. Crentes que falam demais e em qualquer ocasião querem mostrar-se superiores, santos, profetas, evangelizar à força os parentes e amigos, etc etc.  

Há entretanto irmãos introspectivos por natureza e de cara fechada, mas que não são pessoas amarguradas, possuidoras de ódio vingativo ou de algum resquício do velho homem na sua personalidade. Conheci vários irmãos assim, que por trás da cara amarrada tinham um coração imenso.  É  fácil rejeitar um carrancudo, considerando-o persona non grata, e se  colocar  em defesa contra ele, mas alguns tipos de pessoas tem conseguido êxito em enganar a irmandade, pois dizem e representam aquilo que as pessoas gostariam de ouvir e ver, mas são falsos irmãos, dissimulados e alguns, causam grandes prejuízos àqueles o receberam.

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CRENTE TEM DE SER CARRANCUDO? Empty Re: CRENTE TEM DE SER CARRANCUDO?

Mensagem  Mourão Sex Ago 09, 2013 9:25 am

A Paz de Deus.

Não entendi bem essa parte do Eden onde o irmão afirma que desde ali Deus tenha estabelecido "um paradigma", pois não há nenhum paradigma nesse contexto.
Havia ali três pessoas (Adão, Eva e a serpente), onde nenhum deles seria um "paradigma" para nós.

Em sua obediência, valentia e fé, certamente Noé, Jó, Abraão, etc. foram nisso paradigmas para a sua posteridade.
Claro está que não devemos nos fixar no excesso de ousadia de Paulo, na inconstância de Pedro, na falta de fé de Tomé e nos pecados de David.
Todos nós temos defeitos, vícios, imperfeições, que não devem ser imitadas por ninguém.
Que nisso não sejamos modelo, mas que tenhamos sim uma parte positiva, que deva ser imitada.

Paulo afirmava "sede meus imitadores, assim como o sou de Cristo", e dessa forma se fazia ele mesmo paradigma para a igreja.
Mas é claro que nosso verdadeiro e supremo paradigma é o Senhor Jesus, o Cristo, e disso não deve haver nenhuma dúvida ou questionamento.
Paulo portanto se colocou como paradigma porque a igreja o conhecia, embora sem jamais ter visto ao Senhor Jesus.
O próprio Senhor Jesus se colocava como imagem do próprio Deus-Pai, já que nenhum de seus discípulos ainda havia tido um contato verdadeiro com o próprio Deus-Criador.
Conheciam apenas o mestre Yeoshua (Jesus), que era uno com o Pai e portanto, "ver" a um era como "ver" o Outro.
Porém ainda outros personagens mostraram por sua vez, valores cristãos que devem ser imitados, preservados, observados, aprendidos, praticados.

Quando falo em "santo", quero usar o sentido original da palavra, que quer dizer "separado", "reservado".

Conheço irmãos de semblante introspectivo, sério, mas que não são de forma alguma "carrancudos".
Sâo coisas diferentes.
Quando falo em "carrancudos", refiro-me especialmente àqueles que são "as palmatórias do mundo", que abrem a boca apenas para lançar sentença sobre os demais à sua volta, jamais para divulgar o Santo Evangelho, ou o amor , a misericórdia ou a fé.
Irmãos de aspecto sério e introspectivo conheço em bom número, mas que sempre se alegram com as coisas de Deus.
O sorriso, mesmo que se manifeste apenas no olhar, está de alguma forma presente.
Sua presença é agradável, suas palavras são como que conselhos, dignas de credibilidade e portadoras da Paz que o Cristo nos deixou.

E criei este tópico exatamente para mostrar e evidenciar as diferenças entre o servo de Deus introspectivo e santo, e o carrancudo mal-humorado.

Ser apenas carrancudo é doutrina de seitas secretas. E mesmo assim, seguidas erradamente.



Obs.: CARRANCAS eram aquelas figuras horríveis esculpidas na proa dos navios, cuja finalidade - segundo a crença de certos povos naquela época - era a de "espantar os maus espíritos".
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