João 5....

Irmãos, venho comunicar que cometi um erro, mergulhei de cabeça em livros e estudos Unicistas, e percebi que estava entrado em confusão e o pior, estava ficando sem Paz, foi quando tomei somente a Bíblia para ler (Principalmente o Livro de João 5) que percebi que o Unicismo contém interpretações equivocadíssimas, por isso peço perdão a todos os irmãos envolvidos no tópico Trindade x Unicidade principalmente ao Irmão Sérgio Teixeira pois foi o qual eu mais questionei.

Fiquem na Paz de Deus.

Ora, irmão Nor, "alles kosher"... Está tudo bem, tudo certo entre nós.

A título de ilustração, ocorreu-me agora - por exemplo - que nosso próprio pai carnal pode ser ao mesmo tempo o pai que dá bronca, o pai que se alegra, o pai que dá exemplo, o pai que ensina, o pai que orienta, o pai que trabalha, o pai que nos ensina a trabalhar, o pai que descansa, o pai que canta, o pai que toca algum instrumento musical, o pai que nos alegra, etc. etc. etc. e muito mais coisas sem deixar de ser o mesmo pai, um seja, uma só pessoa, vista porém de vários ângulos.
Nosso pai carnal portanto não seria "unicista" nem "trinitário" ou algo semelhante.
Seria apenas o nosso mesmo pai de sempre.
E com ele, que é carnal, poderíamos "ser um" (ter com ele unidade, afinidade), poderíamos estar imbuídos de seu "espírito" (pensar praticamente igual a ele), e poderíamos ver na figura de nosso pai carnal também a figura de nosso criador e mantenedor.
Teórica e filosoficamente tudo se encaixa conforme a conveniência de alguém.
A Palavra de Deus, no entanto, não é para ser lida com olhos materiais, teóricos, filosóficos ou piormente literais, mas sim com os olhos do coração.
Lembremo-nos de que o Senhor Jesus não procurou formar discípulos entre os doutores da lei, como pareceria óbvio para alguns, mas sim entre pessoas bem humildes, e até "cascas-grossas" (como era o caso de Pedro), mas que tinham seus corações preparados para receber o ensino necessário.
E tal ensino é assimilado exatamente através de uma vigorosa peneirada em tudo que se vê e em tudo o que se ouve, observando principalmente os contextos e a contemporaneidade.
Temos de cuidar para que exemplos não sejam transladados incautamente para fora de seus contextos.
Cada coisa tem a sua razão de ser, e sua própria eficácia nos momentos certos.
De outra forma, estaremos nos enredando com "incorreções" e "contradições", e teorias as mais diversas, sempre sob o "aval" de um "estudioso erudito" qualquer, cheio de títulos humanos, mas que não comunga do cálice espiritual com o nosso Mestre (considerando-se a Santa Ceia como um ato contínuo e diário de Fé, que em nosso coração independe de data específica, mas que simbolizamos através de um rito temporâneo e coletivo).
Comungar com o Senhor Jesus equivale a estar em permanente estado de preparação para a Santa Ceia.
Ser Cristão é exercitar diariamente a própria capacidade de aprendizado.
É preparar-se constantemente para o exame do dia seguinte.
Em qualquer assunto, somente a prática nos conduz à perfeição, e nas coisas de Deus, dificilmente seria diferente.
O Senhor Jesus nos concedeu a liberdade de errar, contanto que tais erros advenham da vontade de acertar, e não de um sentimento voltado para a transgressão.
Assim o erro de hoje, se tomado dessa forma, será transformado em uma multidão de acertos amanhã.
Como aprendizes de carpinteiro, também bateríamos muitos pregos tortos, serraríamos muita madeira fora da medida, ajuntaríamos as peças de forma imperfeita, até chegar o momento de deixarmos de ser aprendizes ainda toscos e inexperientes para sermos auxiliares dignos da confiança do Mestre e Artífice (servos de verdade).
O que fazemos neste forum atualmente é exatamente isso: Estamos aprendendo a manejar as ferramentas celestiais para que um dia elas não sejam mais estranhas em nossas mãos.
Que Deus nos abençoe a todos.

Considero um erro examinar as escrituras fora de seu contexto, apenas sob a ótica do conceituado "Dr. Fulano" ou do renomado "Prof. Ciclano".
Eles são apenas homens, e podem eventualmente estar em outro contexo, em outra dimensão.
O conhecimento das coisas dos céus chega até a nós em doses homeopaticas, segundo a nossa capacidade individual de compreensão.
Dessa forma, nosso grau de entendimento é diferente do entendimento alheio, pois a nossa porção e o nosso momento são diferentes.
Acho que ler a Bíblia com simplicidade e isenção é bem mais saudável que fazer estudos "profundos" porém incompletos, onde falta - ou é negado - o conhecimento de outras matérias periféricas.
As pregações de Paulo perante os povos gregos jamais seriam feitas da mesma forma pelo Senhor Jesus, porque povos gregos não viviam o dia a dia dos judeus, portanto seu entendimento era outro. 
Paulo conhecia profundamente as linguas e os costumes tradicionais daqueles povos e para eles pregava de uma forma especial. 
Mas quando pregava para judeus, ensinava rigorosamente as mesmas coisas, porém com outro linguajar, outro contexto.
Se Paulo fosse ensinar aos Coríntos da mesma forma que aos Hebreus certamente iria fazer a maior confusão, pois os hábitos e costumes, as culturas daqueles povos eram totalmente diferentes.
Muitas vezes esses tais "estudos aprofundados" são bastante tendenciosos e individualistas, e negam veementemente fatos comprovados pela ciência histórica, geográfica, cronológica, etc., procurando dar ênfase a uma espécie de religião própria, como se o termo "religião" fosse sinônimo perfeito de "coisas de Deus".
Em tudo, devemos ser guiados pelo Espírito de Deus.