É errado casar-se com alguém que não seja cristão/crente?

A Congregação Cristã sempre condenou/desistimulou o casamento com pessoas que não professassem a fé e os princípios da Congregação. Será de facto errado casar-se com alguém que não seja crente?

Acho que o Salmo 1 explica uma parte da questão.
Em se tratando de pessoa de notável boa índole, amorosa, respeitadora, temente a Deus e sobretudo não-escarnecedora, acho que não deveria haver nada em contrário, e principalmente nenhum preconceito ou prejulgamento, pois tal pessoa teria exatamente as características necessárias em um servo de Deus legítimo.
Entretanto, casarmo-nos ou associarmo-nos com pessoa não-temente a Deus seria para qualquer um de nós um erro grosseiro, através do qual estaríamos entrando gratuitamente em provações desnecessárias e correndo o perigo de nos ausentarmos da presença do Senhor.
Observo porém que encontramos pessoas não-tementes a Deus até mesmo dentro de denominações evangélicas, e em alguns casos, até na própria Congregação.
E se duvidarmos, se em nós houver jactância, preconceito, falta de amor e de misericórdia, correremos o risco de sermos nós mesmos contados no rol de tais pessoas.
Por isso estou citando o Salmo 1.

A Paz de Deus seja connosco.

Eu vou partilhar um verso e uma experiência pessoal, e fico-me por aí no que toca a este assunto algo delicado:

Paulo escreve assim na 2ª carta à Igreja de Corínto, capítulo 6, versículo 14:
"Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?"

No entanto,

Eu comecei a namorar a minha mulher e ela era membro da CC e eu era membro do "mundo", longe em carne e em espírito das coisas que dizem respeito ao Senhor Jesus. Depois comecei a interessar-me, por conversas que ia tendo com ela e a sua Mãe, também nossa Irmã, e hoje sei que pela maior benção terrena nesta vida (a minha querida), Deus me fez conhecer a maior benção espiritual nesta vida (a sua Graça bendita).

A palavra em vários sítios nos exorta a procurar para parceiros/as de nossos filhos aqueles que são do Povo de Deus, mas não invalida que Ele possa abençoar matrimónios feitos de outra forma.

Por aqui me fico para não confundir ninguém, deixemos que Deus seja Senhor sobre todas as coisas para d´Ele receberemos justificação quando necessária.

Deus nos abençoe,
Vitor

A Paz de DEUS esteja em nossos corações e de nossas famílias.

Fernando escreveu:A Congregação Cristã sempre condenou/desistimulou o casamento com pessoas que não professassem a fé e os princípios da Congregação. Será de facto errado casar-se com alguém que não seja crente?

Que DEUS me perdoe pelo que vou falar, se estiver errado, e me dê mais conhecimento e mais discernimento das coisas espirituais.

Que os queridos do Ministério da Congregação Cristã me perdoem, mas também não me poupem, repreendam-me ou disciplinem-me, porque não tenho o direito de me contrapor ao que a nossa Igreja ensina.
Se for imprescindível até me identificarei em particular (pedindo confidencialidade absoluta) para levar a admoestação pessoalmente.

Que os queridos Irmãos foristas me perdoem, mas também não me poupem, botem pra qebrar em cima de cim, porque esse vai ser o único meio de eu aprender dos Irmãos.

Peço que leia o capítulo todo, para que não haja manipulação de minha parte.

I Cor 6:14-18 "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?").
(leia-se na Bíblia até o fim do capítulo, para que não haja enganos.

A meu ver (achismo meu), a Palavra de DEUS não condena a sociedade com infiéis (muito menos com não-crentes, e muito menos ainda com não-crentes da Congregação Cristã.

Vejo o versículo sob um aspecto espiritual: "Não participar dos erros dos infiéis, tipo idolatria, ou escarnecedores de DEUS, por exemplo."

Mas não tem nada a ver com sociedades materiais.
O que aconteceu foi que na continuação do versículo está está escrita a palavra "sociedade" e foi feita uma mistura no significado do versículo como um todo, como se estivesse escrito: Não vos prendais a sociedade com os infiéis.

Não sei se a nossa Igreja condena o casamento com não-crente (apesar de meus 37 anos de batizado nunca me informei sobre os assuntos - erro meu, sei disso).
Sei que a nossa Igreja desestimula (no mínimo) esse tipo de casamento, no que faz muito bem. É um ótimo conselho (no mínimo, conselho) porque realmente é um risco muito grande para a nossa felicidade (material e espiritual) o casamento com não-crente.

Até casamento com crente de outra Igreja pode levar-nos a grandes tribulações e infelicidades.
Já pensaram nas diferenças de entendimento da Palavra de DEUS?
Podem vir a ocorrer brigas, mal-estares, ou mesmo até tribulação e infelicidade quando começarem as discussões sobre o orar de joelhos, o uso do véu quando a Irmã for orar, o pagamento de dízimo, etc.

Claro que no início tudo serão flores, mas depois, com o passar do tempo, aparecerão sim, essas discordâncias e possíveis desavenças, às vezes até mesmo brigas.

E se o casamento for com não-crente, aí vai ser pior ainda.
O não-crente vai querer coisas que para nós sejam, no mínimo, inconvenientes.
E olha a confusão formada.

Sei que em qualquer lugar do mundo, não importa se a pessoa é crente ou não-crente, crente da Congregação Cristã ou de outra Igreja, ou mesmo ateu, ... sei que há pessoas bondosas, honestas, de caráter incorrupto.
Mas não é sobre isso que estamos falando.

Estamos falando sobre um casamento ter maior probabilidade de ser um casamento feliz.

Um outro aspecto: que não posso deixar de citar: dentro de mim, dentro do meu coração, eu fico pensando, e com muita tristeza e dó, pensando em Irmãs (e Irmãos) fiéis a DEUS, esperando em DEUS por um de Seus Servos para se casarem, e nós procurando lá fora, arranjando namorados e noivos lá fora, sempre na esperança de que um dia nós iremos converter esses cônjuges.
Os Irmãos e Irmãs derramando lágrimas na presença de DEUS, e nós desprezando essas lágrimas.
E dizendo que servimos a DEUS.
Servir a DEUS também é amar os Irmãos e Irmãs. Não digo "falar que ama", mas sim amar empaticamente, sofrendo com os sofrimentos deles e ajudar a solucionar esses sofrimentos.

Isso tudo que falei acima é opinião e achismo meus. É mais um desabafo.
Não sei não, sabe, Irmãos, mas eu acho isso errado.

DEUS nos abençoe e a nossas famílias.
Luiz Flavio.

Apenas par ilustrar, a versão tradicional King James (em Inglês) tem a seguinte redação:

"Be ye not unequally yoked together with unbelievers: for what fellowship hath righteousness with unrighteousness? and what communion hath light with darkness?"
(Não vos prendais a um jugo desigual com incrédulos; Pois que amizade (parceria, associação) tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?)

Percebe-se que a palavra "sociedade", de uso muito comum no idioma Português "menos moderno" não incide necessariamente em "ter CNPJ ou contratos em cartório", mas refere-se a uma proximidade desnecessária com tais pessoas, a uma afinidade de propósitos com essas tais.
Realmente, o que o justo tem a ver com aquele que é iníquo?
Diz um ditado aí no mundo que "andorinha que anda em companhia de morcegos, acaba dormindo de cabeça para baixo" (ou algo assim).
Os textos em questão não se contradizem e nem levam a entendimentos diversos.
Relacionar-se com infiéis (infiéis mesmo) em geral não resulta em bom fruto.
Mas devemos estar sempre atentos à perfeita guia de Deus, pois poderá ser que eventualmente Ele queira se servir de nós como instrumentos de Sua Obra junto a alguma dessas pessoas que hoje imaginamos "não ter condição nem merecimento", limpá-la e despojá-la de todo o mal, assim como fez com alguns de nós que nascemos fora de lares "cristãos evangélicos".
Que Deus nos abençoe a todos.

A Paz de DEUS esteja em nossos corações.

Peço que se leiam todas as mensagens deste tópico.
Depois, o acréscimo de mais uma parte da Palavra de DEUS, que acrescentei abaixo, e sobre o qual não faço comentário algum. DEUS guiará cada Irmão na leitura.

(Leiam-se sempre os capítulos integralmente, e não apenas as partes citadas)

I Cor. 5:9-13 "Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal, nem ainda comais." (o grifo é meu)

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Outro assunto: a doutrina bíblica e os ensinamentos existem para que algum possível mal seja evitado.
Se já houve algum acontecimento contrariando a doutrina e os ensinamentos não podemos usá-los para criticar, nem julgar e muito menos condenar o "infrator".

Às vezes uma coisa acontece, que aos nossos olhos parece ter sido desobediência, mas que no fim dá certo.
Temos de louvar a DEUS por isso. Mas não quer dizer que por isso a doutrina ou o ensinamento não existam e podemos sair por aí desobedecendo em tudo.

A experiência que deu certo para um pode não dar certo para todos.

A doutrina e os ensinamentos existem para obedecermos.

DEUS nos abençoe.
Luiz Flavio.

No final das contas, a pior forma de prostituição é a da alma.
A do corpo já é algo terrível, mas é a da alma que conduz à impiedade e a todos os outros males.

a paz de Deus ., querida irmandade., segundo a visão bíblica e é a correta ., Sim., pois a biblia diz que é julgo desigual ., os dois devem ser cristãos e casar com cristãos ,. a não ser que o Senhor e Salvador jesus Cristo , permita de aconteçer de um irmão ou vice versa casar se com uma não cristã ou não cristão ., com um único proposito da parte de Deus ., trasnformar, libertar , salvar um dos dois ., nesse caso sim ., Deus permite fora isso é errado. paz de Deus

A Paz de Deus Irmãos!

Quanto a matéria em debate neste tópico creio que:

O Senhor, estabeleceu condições definidas com respeito à pessoa com quem o crente deve se casar. A Bíblia, indica claramente que o casamento do povo de Deus deve ficar limitado aos da mesma fé. A pessoa crente não deve casar-se com alguém que não faça parte do povo de Deus.

Os Ensinamentos do Velho Testamento
O Velho Testamento, contém exortações suficientes para confirmar que não devemos nos casar fora do povo de Deus.
Não foi permitido ao povo de Israel, que seus filhos se casassem com os filhos de seus vizinhos: cananeus, heteus, gebuzeus, filisteus, moabitas, amonitas, edomitas, sidônios etc, para que não se desviassem seguindo os costumes destes povos na adoração a outros deuses.
Salomão cometeu abominação diante de Deus casando-se com mulheres estrangeiras.

O Aviso de Josué
Josué, também avisou sobre o povo da terra, pois isso poderia tornar-se um laço, uma armadilha para eles. Esposas e maridos estrangeiros seriam como espinhos e os amarrariam até que eles fossem destruídos.

Neemias
Quando Neemias retornou à terra de Judá, depois de visitar a terra de seu cativeiro, ele descobriu que muitos dos filhos de Israel não podiam falar a língua dos judeus devido aos casamentos mistos que tinham contraído. Neemias contendeu com eles e os aconselhou a se separarem completamente das mulheres estrangeiras. O grande problema dos casamentos mistos é que mais cedo ou mais tarde os filhos tenderão mais a seguir o pai ou a mãe descrente, e deixarão de servir a Deus com o que é crente. Os casais mistos são testemunhas das lutas e dificuldades para criarem os seus filhos no evangelho. Casar com a filha ou filho de um gentio, aos olhos de Deus, significa profanar a sua santidade. Portanto, o casamento cristão fica limitado aos crentes, principalmente aos que professam a mesma fé e doutrina.
Mais uma vez citando Salomão! este foi o mais sábio dos reis, contudo, caiu na idolatria através de casamentos com mulheres estrangeiras.

O Ensino do Novo Testamento
No Novo Testamento, o apóstolo Paulo, escreve claramente com respeito a quem pode ser a outra parte na união conjugal; Escrevendo a Igreja de Coríntios, Paulo recomendou em sua primeira carta que a mulher está ligada ao seu marido enquanto vive, contudo se vier a falecer o marido, a mulher está livre para casar-se novamente, mas somente no Senhor.

Não Vos prendais a um Jugo Desigual
Paulo, mostra implicitamente com quem o crente deve casar-se, em sua segunda carta a Igreja de Corinto – "Não vos prendais em jugo desigual com os incrédulos, porquanto que sociedade pode ter a justiça com a injustiça? Ou que comunhão tem a luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário de Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles, serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Por isso, retirai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei; serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso. Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus". No caso do jugo desigual entre o crente e o descrente, um vai estar preocupado com as coisas espirituais e o outro com as coisas materiais. Um vai em busca das coisas eternas na direção do céu e o outro nas coisas passageiras do mundo.

No caso de evangelizados, se um se converter, batizar-se e outro não
Escrevendo aos Coríntios, o apóstolo Paulo responde esta questão dizendo que se um cônjuge não crente quiser se apartar, que o cônjuge crente permita. A iniciativa da separação nunca deve ser do crente e sim dos descrente. Não é o crente que quer se apartar, mas o incrédulo. É o descrente que está descontente, pensando que não há mais futuro no lar entre eles, desde que o crente se converteu ao Senhor (prudência nesse caso meus irmãos, pois aí imperará a lei do celibato sendo que enquanto o separado descrente viver o casamento estará ligado na carne, mesmo após o divorcio, uma vez que o divorcio tem poder de desligar documentos da lei terrena, não pacto de âmbito espiritual).

Se o cônjuge descrente consentir em ficar, o Espírito Santo poderá trabalhar para sua conversão
Se a esposa ou o marido incrédulo consente em morar com o crente, Paulo diz que este não deve deixar o seu cônjuge. Deus nos chamou à paz. O incrédulo é santificado no convívio com o crente. Pode ser que através do bom testemunho do cônjuge crente o não-crente possa entender a luz da palavra possa ser convertido batizado e seja salvo; nesse caso sem cobranças nem contendas pois os tempos de todas as coisas pertence a Deus.

Sejamos prudente em tudo!

Att. Jaime

A iniciativa da separação nunca deve ser do crente e sim dos descrente.

Creio que essa afirmação fecha vários pontos de discussão neste fórum.