Um livro sobre JUDAÍSMO
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Um livro sobre JUDAÍSMO
Que a Paz de DEUS seja em nossos corações, sempre.
No dia 11 de janeiro de 2000, eu estava de férias (aposentado... de férias?) numa cidade litorânea de Pernambuco.
Peguei uma tremenda de uma gripe (11 dos 20 dias que passei lá).
Logo no início dessa gripe, um primo meu, para me ajudar a passar o tempo, me presenteou um livro:
O Judaísmo Vivo", por Michel Asheri, Ed. Imago, 2000"
Além de muitas informações sobre o Judaísmo, há partes realmente edificantes.
Achei o livro excelente, embora eu não tenha capacidade para julgar nada. Só julgo para mim mesmo.
Já li esse livro muitas vezes.
Chega a ser até um dos meus livros de cabeceira.
DEUS nos abençoe.
Luiz Flavio.
No dia 11 de janeiro de 2000, eu estava de férias (aposentado... de férias?) numa cidade litorânea de Pernambuco.
Peguei uma tremenda de uma gripe (11 dos 20 dias que passei lá).
Logo no início dessa gripe, um primo meu, para me ajudar a passar o tempo, me presenteou um livro:
O Judaísmo Vivo", por Michel Asheri, Ed. Imago, 2000"
Além de muitas informações sobre o Judaísmo, há partes realmente edificantes.
Achei o livro excelente, embora eu não tenha capacidade para julgar nada. Só julgo para mim mesmo.
Já li esse livro muitas vezes.
Chega a ser até um dos meus livros de cabeceira.
DEUS nos abençoe.
Luiz Flavio.
Luiz Flavio N. Facci- Mensagens : 551
Data de inscrição : 12/05/2011
Re: Um livro sobre JUDAÍSMO
Saudações cristãs,
Irmão Luiz Flávio...
Realmente, uma excelente sugestão.
Afinal, dentre os muitos rebentos do Judaísmo histórico, o Cristianismo é de todos o mais audaz e vigoroso.
A medida em que nos inteiramos acerca do Judaísmo e suas milenares práticas, maiores elementos dispomos quanto ao próprio Cristianismo em seu primitivo estágio.
A propósito, para àqueles que apreciam o desenrolar da trajetória judáica paralela ao cristianismo pós- apostólico (Catolicismo Romano), recomendo a obra "Kidush HaShem: Crônicas Hebraicas sobre as Cruzadas" (Nachman Falbel). Uma primorosa coletânea de narrativas e/ou relatos hebraicos-asquenases, contemporâneos ao Período Medieval e suas clássicas cruzadas.
Atenciosamente,
"Em Caridade"
Irmão Ednelson
"Ekklésia Christiana"- Mensagens : 497
Data de inscrição : 18/05/2011
Re: Um livro sobre JUDAÍSMO
A Paz de DEUS.
Para entender melhor o título do livro citado pelo Irmão, fui ao "O Judaísmo Vivo".
Segundo o glossário:
Kidush - s.m. Literalmente, "santificação"; bênção dita sobre vinho ou bebida alcoólica, em honra do Shabat, de um dia santo, de um yohrtzeit.
Hashem - s.m. Literalmente, "O Nome"; expressão usada para se referir a DEUS.
Kidush Hashem - s.m. Literalmente, "Santificação do Nome"; martírio; ser morto por ser judeu; um mártir.
No texto do livro, no capítulo Miscelânea Judaica, está escrito:
A PRONÚNCIA DO NOME DE DEUS
No Capítulo 16 mencionou-se que o Nome de Deus nunca deve ser pronunciado por judeus. Isto se refere especificamente ao Nome grafado com as letras hebraicas yud, heh, vav e heh, normalmente traduzido para o português como Jeová ou, por alguns estudiosos, como Javé. Amba as pronúncias são proibidas e os judeus nunca devem dizê-las em voz alta. Nas orações, são substituídas pela palavra Adonai (Senhor), mas mesmo esse nome não deve ser usado, exceto na prece. Em conversa ou discussão, menciona-se Deus, mesmo quando se está falando português, como Ha-Shem (O Nome). Naturalmente, são usados outros circunlóquios, como o Criador, o Senhor, etc.
Outro nome de Deus que mais comumente aparece na Bíblia é Elohim, geralmente traduzido como O Senhor. Podemos pronunciar esse Nome tal como se grafa, mas apenas na oração. Em outros contextos, como quando se lê ou se cita a Bíblia, nós o distorcemos ligeiramente, substituindo o h por k e dizendo "Elokim". O mesmo aconteceu com o nome El, que pronunciamos como Kel, quando não está incluído numa oração. Na escrita, os judeus praticantes grafam qualquer referência a Deus de forma incompleta, ou seja D-s ou o S-nhor. Não procedi assim neste livro porque achei que iria desviar a atenção do leitor. ...
Ainda sobre a referência a DEUS, tem uma parte no livro muito e muito interessante. Não consegui encontrar agora. Depois, se houver oportunidade, eu transcrevo.
*** Living Jewish é copyright 1978 & 1980 Everest House, Publishers by arrangement with Mr. Donn O´Meara.
A 2ª edição brasileira (Imago) [color=red]é de 1995, e não 2000 como coloquei no post anterior.
DEUS nos abençoe.
Luiz Flavio.
Para entender melhor o título do livro citado pelo Irmão, fui ao "O Judaísmo Vivo".
Segundo o glossário:
Kidush - s.m. Literalmente, "santificação"; bênção dita sobre vinho ou bebida alcoólica, em honra do Shabat, de um dia santo, de um yohrtzeit.
Hashem - s.m. Literalmente, "O Nome"; expressão usada para se referir a DEUS.
Kidush Hashem - s.m. Literalmente, "Santificação do Nome"; martírio; ser morto por ser judeu; um mártir.
No texto do livro, no capítulo Miscelânea Judaica, está escrito:
A PRONÚNCIA DO NOME DE DEUS
No Capítulo 16 mencionou-se que o Nome de Deus nunca deve ser pronunciado por judeus. Isto se refere especificamente ao Nome grafado com as letras hebraicas yud, heh, vav e heh, normalmente traduzido para o português como Jeová ou, por alguns estudiosos, como Javé. Amba as pronúncias são proibidas e os judeus nunca devem dizê-las em voz alta. Nas orações, são substituídas pela palavra Adonai (Senhor), mas mesmo esse nome não deve ser usado, exceto na prece. Em conversa ou discussão, menciona-se Deus, mesmo quando se está falando português, como Ha-Shem (O Nome). Naturalmente, são usados outros circunlóquios, como o Criador, o Senhor, etc.
Outro nome de Deus que mais comumente aparece na Bíblia é Elohim, geralmente traduzido como O Senhor. Podemos pronunciar esse Nome tal como se grafa, mas apenas na oração. Em outros contextos, como quando se lê ou se cita a Bíblia, nós o distorcemos ligeiramente, substituindo o h por k e dizendo "Elokim". O mesmo aconteceu com o nome El, que pronunciamos como Kel, quando não está incluído numa oração. Na escrita, os judeus praticantes grafam qualquer referência a Deus de forma incompleta, ou seja D-s ou o S-nhor. Não procedi assim neste livro porque achei que iria desviar a atenção do leitor. ...
Ainda sobre a referência a DEUS, tem uma parte no livro muito e muito interessante. Não consegui encontrar agora. Depois, se houver oportunidade, eu transcrevo.
*** Living Jewish é copyright 1978 & 1980 Everest House, Publishers by arrangement with Mr. Donn O´Meara.
A 2ª edição brasileira (Imago) [color=red]é de 1995, e não 2000 como coloquei no post anterior.
DEUS nos abençoe.
Luiz Flavio.
Luiz Flavio N. Facci- Mensagens : 551
Data de inscrição : 12/05/2011
Re: Um livro sobre JUDAÍSMO
Saudações cristãs,
Irmão Luiz Flávio...
Exato...
Mas, ora vejam... quanta agilidade, quanta destreza...
E, depois coloca-se como um mero "achista"... rsss...
Atenciosamente,
"Em Caridade"
Irmão Ednelson
"Ekklésia Christiana"- Mensagens : 497
Data de inscrição : 18/05/2011
Re: Um livro sobre JUDAÍSMO
Mas é o que realmente eu sou, Irmão.
DEUS o abençoe.
DEUS o proteja e guarde.
A Paz de DEUS.
Luiz Flavio.
DEUS o abençoe.
DEUS o proteja e guarde.
A Paz de DEUS.
Luiz Flavio.
Luiz Flavio N. Facci- Mensagens : 551
Data de inscrição : 12/05/2011
Mais uma indicação de livro
Irmãos a paz de DEUS. Li e também gostei muito deste livro: A História dos Judeus, de Paul Johnson, lançado pela editora Imago. Começa desde Abrão, passa pelo AT e NT, continua passando pela idade média e a criação do estado de Israel e termina nas negociações de um acordo de paz patrocinadas pela Suécia entre Israel e a OLP. Um livro bem histórico.
cuxita- Mensagens : 65
Data de inscrição : 12/05/2011
Re: Um livro sobre JUDAÍSMO
Que a Paz de DEUS seja em nossos corações e de nossas famílias.
Tive de ler muitas outras partes (o que me deu muito prazer) para encontrar o que eu queria.
Mas acabei encontrando, no capítulo 16: A Morte e os Cuidados com os Mortos.
Obs.: os negritos, (*) e (**) dentro do texto do livro são meus.
Para compreendermos isto, temos de estar cientes de que, segundo todas as interpretações da Bíblia, os dois nomes de Deus mais comumente usados pretendem descrever os Seus dois aspectos essenciais que os seres humanos são capazes de compreender - a misericórdia e o rigor.
Em todos os casos em que o Nome soletrado com as quatro letras hebraicas yud, he, vav e he - que os judeus normalmente pronunciam Adonai, por ser proibido pronunciar o Nome de Deus tal como realmente se grafa - é usado na Bíblia, ele se refere à qualidade de Deus que entendemos como misericórdia: o perdão dos pecados.
Quando o nome Elohim é empregado, a referência dele é à qualidade de rigor, ou justiça, significando o castigo pela transgressão.
Em nossa declaração final, por ocasião da morte, declaramos que Adonai (misericórdia) e Elohim (rigor) são uma só e única coisa, pois elas se referem a Deus. São estas palavras, incidentalmente, que encerram o serviço do Yom Kipur no rito sefaradi (**)
Glossário do livro:
(*)Shema Israel - s.m. A declaração básica da fé judaica: "Ouvi, Israel, o Senhor nosso Deus, o Senhor é um só."
(**)Sefardi (sic), sefaradim - s. e a. 2g. De Shepharad, Espanha; referente aos judeus de origem espanhola, mas hoje se aplica à maioria dos judeus não-ashkenazi, independentemente de sua origem.
Ashkenazi - s. e a. 2g. Originalmente, alemão; hoje refere-se a todos os judeus europeus não especificamente sefaradim, e seus descendentes. ...
Ressalto aos Irmãos que não tenho cultura e conhecimento sobre o assunto, nem sobre hebraico, nem sobre nada. Tudo o que fiz foi transcrever do livro citado.
DEUS nos abençoe.
Luiz Flavio.
Pronto, Irmãos, encontrei.LUIZ FLAVIO (Eu mesmo) escreveu:Ainda sobre a referência a DEUS, tem uma parte no livro muito e muito interessante. Não consegui encontrar agora. Depois, se houver oportunidade, eu transcrevo.
Tive de ler muitas outras partes (o que me deu muito prazer) para encontrar o que eu queria.
Mas acabei encontrando, no capítulo 16: A Morte e os Cuidados com os Mortos.
Obs.: os negritos, (*) e (**) dentro do texto do livro são meus.
QUANDO UM JUDEU ESTÁ PRESTES A MORRER
Quando um judeu ortodoxo teme que seu fim esteja se aproximando, ele recita o vidui, uma confissão a Deus, seguida pelo Shema Israel (*) e por uma declaração bastante simples da crença dos judeus de que Deus não é apenas aquele que dispensa misericórdia e justiça, mas que ambas constituem a mesma coisa. As palavras da declaração final de um judeu sobre a Terra são: Adonai Hu Ha-Elohim, o Senhor é Deus.Para compreendermos isto, temos de estar cientes de que, segundo todas as interpretações da Bíblia, os dois nomes de Deus mais comumente usados pretendem descrever os Seus dois aspectos essenciais que os seres humanos são capazes de compreender - a misericórdia e o rigor.
Em todos os casos em que o Nome soletrado com as quatro letras hebraicas yud, he, vav e he - que os judeus normalmente pronunciam Adonai, por ser proibido pronunciar o Nome de Deus tal como realmente se grafa - é usado na Bíblia, ele se refere à qualidade de Deus que entendemos como misericórdia: o perdão dos pecados.
Quando o nome Elohim é empregado, a referência dele é à qualidade de rigor, ou justiça, significando o castigo pela transgressão.
Em nossa declaração final, por ocasião da morte, declaramos que Adonai (misericórdia) e Elohim (rigor) são uma só e única coisa, pois elas se referem a Deus. São estas palavras, incidentalmente, que encerram o serviço do Yom Kipur no rito sefaradi (**)
Glossário do livro:
(*)Shema Israel - s.m. A declaração básica da fé judaica: "Ouvi, Israel, o Senhor nosso Deus, o Senhor é um só."
(**)Sefardi (sic), sefaradim - s. e a. 2g. De Shepharad, Espanha; referente aos judeus de origem espanhola, mas hoje se aplica à maioria dos judeus não-ashkenazi, independentemente de sua origem.
Ashkenazi - s. e a. 2g. Originalmente, alemão; hoje refere-se a todos os judeus europeus não especificamente sefaradim, e seus descendentes. ...
Ressalto aos Irmãos que não tenho cultura e conhecimento sobre o assunto, nem sobre hebraico, nem sobre nada. Tudo o que fiz foi transcrever do livro citado.
DEUS nos abençoe.
Luiz Flavio.
Luiz Flavio N. Facci- Mensagens : 551
Data de inscrição : 12/05/2011
Re: Um livro sobre JUDAÍSMO
Por vezes vemos os "Shepharaditas" ou "Sefaraditas" sendo impropriamente referidos como "Xafarditas", e até se diz que eles seriam uma espécie de judeus "de baixo poder aquisitivo", o que não corresponde à realidade, e não tem nada a ver.
Sergio Teixeira- Mensagens : 1144
Data de inscrição : 12/05/2011
Localização : Rio de Janeiro
Re: Um livro sobre JUDAÍSMO
A PAZ DE DEUS.
ESTOU LENDO O LIVRO "HISTORIA DOS HEBREUS" DE FLAVIO JOSEFO
ALGUEM AQUI JA LEU..
É CONFIAVEL?
DEUS ABENÇOE
ESTOU LENDO O LIVRO "HISTORIA DOS HEBREUS" DE FLAVIO JOSEFO
ALGUEM AQUI JA LEU..
É CONFIAVEL?
DEUS ABENÇOE
MEIRA COURI- Mensagens : 80
Data de inscrição : 16/05/2011
Re: Um livro sobre JUDAÍSMO
Saudações cristãs,
Meira Couri, prezado...
"Confiável"?... eis a questão.
Praticamente todos os autores arrolados entre os clássicos (e mesmo aqueles de menor realce) encontram-se sob "conditio", não se lhes conferindo - segundo a crítica-literária hodierna - um aval unânime quanto à fidedignidade ou credibilidade.
O mesmo ocorre para com Josefo (37 ou 38 - 100 E.C.), não em face de sua idoneidade ou caráter, mas, em razão dos inúmeros adendos e/ou interpolações tradutórios posteriormente efetuados.
Mesmo o Judaísmo se posiciona de maneira cautelar para com alguns fragmentos comumente atribuidos ao autor.
Flavius Josephus
(יוסף בן מתתיהו)
Ao Cristianismo - em suas mais diversas vertentes ou segmentos - apraz, conforme se haveria de supor, o denominado "Testimonium Flavianum" ("Testemunho de Flávio" / "Antiguitates Jadaicae"):
"Havia neste tempo Jesus, um homem sábio, [se é lícito chamá-lo de homem, porque ele foi o autor de coisas admiráveis, um professor tal que fazia os homens receberem a verdade com prazer]. Ele fez seguidores tanto entre os judeus como entre os gentios.[Ele era o Cristo.] E quando Pilatos, seguindo a sugestão dos principais entre nós, condenou-o à cruz, os que o amaram no princípio não o esqueceram;[porque ele apareceu a eles vivo novamente no terceiro dia; como os divinos profetas tinham previsto estas e milhares de outras coisas maravilhosas a respeito dele]. E a tribo dos cristãos, assim chamados por causa dele, não está extinta até hoje." ("Antiquitates Judaicae", 93-94, livro 18, parágrafos 63 e 64).
"ίνεται δὲ κατὰ τοῦτον τὸν χρόνον Ἰησοῦς σοφὸς ἀνήρ, εἴγε ἄνδρα αὐτὸν λέγειν χρή: ἦν γὰρ παραδόξων ἔργων ποιητής, διδάσκαλος ἀνθρώπων τῶν ἡδονῇ τἀληθῆ δεχομένων, καὶ πολλοὺς μὲν Ἰουδαίους, πολλοὺς δὲ καὶ τοῦ Ἑλληνικοῦ ἐπηγάγετο: ὁ χριστὸς οὗτος ἦν. καὶ αὐτὸν ἐνδείξει τῶν πρώτων ἀνδρῶν παρ᾽ ἡμῖν σταυρῷ ἐπιτετιμηκότος Πιλάτου οὐκ ἐπαύσαντο οἱ τὸ πρῶτον ἀγαπήσαντες: ἐφάνη γὰρ αὐτοῖς τρίτην ἔχων ἡμέραν πάλιν ζῶν τῶν θείων προφητῶν ταῦτά τε καὶ ἄλλα μυρία περὶ αὐτοῦ θαυμάσια εἰρηκότων. εἰς ἔτι τε νῦν τῶν Χριστιανῶν ἀπὸ τοῦδε ὠνομασμένον οὐκ ἐπέλιπε τὸ φῦλον."
A citação acima, no entanto, não dispõe de respaldo histórico-técnico já desde meados do séc. XVII. A exceção de Eusébio de Cesaréia em "Historia Ecclesiae" ("História Eclesiástica" - séc. IV E.C.) nenhum outro autor patristico a menciona. Manuscritos menos remotos, no entanto, a corroboram.
De qualquer modo, Flávio Josefo é o equivalente no âmbito da historiografia judaica, a Heródoto de Helicarnaso, o helênico. Desconsiderá-lo, portanto, pressupõe negligência - incluisve, para com o legado cultural greco-latino.
Ademais, sabido é que toda coletânea literária, profana ou sacra (não contemporânea), encontrar-se-á sempre sob suspeição, tanto no que concerne à autoria quanto a integridade textual.
Tal pode-se verificar, por exemplo, para com alguns escritos canônicos neotestamentários:
Atos* - autoria
Hebreus** - autoria
Epístolas Petrinas (Pedro) - autoria
Epístolas Joaninas (João) - fragmentos / acréscimo
Apocalipse*** - autoria
E, assim sucessivamente...
___________________________________
* A suposta autoria conferida a Lucas ainda apresenta significativas lacunas, não sendo acatada como concludente.
** Segundo Eusébio, Clemente de Alexandria a declarou como sendo de autoria paulina (hebraico) e posteriormente vertida em grego por Lucas. Já Tertuliano supunha tratar-se de Barnabé. Lutero sugere Apolo.
*** tanto a estilistica quanto o koiné aplicados à redação do "Apocalipse de João" diferem substancialmente daquele utilizado em seu Evangelho e Epístolas. Algumas vertentes ortodoxas orientais não o incluem ao cânon regular, como a Igreja Ortodoxa Síria (Códice Peshita).
Atenciosamente,
"Em Caridade"
Irmão Ednelson
Meira Couri, prezado...
"Confiável"?... eis a questão.
Praticamente todos os autores arrolados entre os clássicos (e mesmo aqueles de menor realce) encontram-se sob "conditio", não se lhes conferindo - segundo a crítica-literária hodierna - um aval unânime quanto à fidedignidade ou credibilidade.
O mesmo ocorre para com Josefo (37 ou 38 - 100 E.C.), não em face de sua idoneidade ou caráter, mas, em razão dos inúmeros adendos e/ou interpolações tradutórios posteriormente efetuados.
Mesmo o Judaísmo se posiciona de maneira cautelar para com alguns fragmentos comumente atribuidos ao autor.
Flavius Josephus
(יוסף בן מתתיהו)
Ao Cristianismo - em suas mais diversas vertentes ou segmentos - apraz, conforme se haveria de supor, o denominado "Testimonium Flavianum" ("Testemunho de Flávio" / "Antiguitates Jadaicae"):
"Havia neste tempo Jesus, um homem sábio, [se é lícito chamá-lo de homem, porque ele foi o autor de coisas admiráveis, um professor tal que fazia os homens receberem a verdade com prazer]. Ele fez seguidores tanto entre os judeus como entre os gentios.[Ele era o Cristo.] E quando Pilatos, seguindo a sugestão dos principais entre nós, condenou-o à cruz, os que o amaram no princípio não o esqueceram;[porque ele apareceu a eles vivo novamente no terceiro dia; como os divinos profetas tinham previsto estas e milhares de outras coisas maravilhosas a respeito dele]. E a tribo dos cristãos, assim chamados por causa dele, não está extinta até hoje." ("Antiquitates Judaicae", 93-94, livro 18, parágrafos 63 e 64).
(entre colchetes - possíveis interpolações.)
Versão grega (koiné):"ίνεται δὲ κατὰ τοῦτον τὸν χρόνον Ἰησοῦς σοφὸς ἀνήρ, εἴγε ἄνδρα αὐτὸν λέγειν χρή: ἦν γὰρ παραδόξων ἔργων ποιητής, διδάσκαλος ἀνθρώπων τῶν ἡδονῇ τἀληθῆ δεχομένων, καὶ πολλοὺς μὲν Ἰουδαίους, πολλοὺς δὲ καὶ τοῦ Ἑλληνικοῦ ἐπηγάγετο: ὁ χριστὸς οὗτος ἦν. καὶ αὐτὸν ἐνδείξει τῶν πρώτων ἀνδρῶν παρ᾽ ἡμῖν σταυρῷ ἐπιτετιμηκότος Πιλάτου οὐκ ἐπαύσαντο οἱ τὸ πρῶτον ἀγαπήσαντες: ἐφάνη γὰρ αὐτοῖς τρίτην ἔχων ἡμέραν πάλιν ζῶν τῶν θείων προφητῶν ταῦτά τε καὶ ἄλλα μυρία περὶ αὐτοῦ θαυμάσια εἰρηκότων. εἰς ἔτι τε νῦν τῶν Χριστιανῶν ἀπὸ τοῦδε ὠνομασμένον οὐκ ἐπέλιπε τὸ φῦλον."
A citação acima, no entanto, não dispõe de respaldo histórico-técnico já desde meados do séc. XVII. A exceção de Eusébio de Cesaréia em "Historia Ecclesiae" ("História Eclesiástica" - séc. IV E.C.) nenhum outro autor patristico a menciona. Manuscritos menos remotos, no entanto, a corroboram.
De qualquer modo, Flávio Josefo é o equivalente no âmbito da historiografia judaica, a Heródoto de Helicarnaso, o helênico. Desconsiderá-lo, portanto, pressupõe negligência - incluisve, para com o legado cultural greco-latino.
Ademais, sabido é que toda coletânea literária, profana ou sacra (não contemporânea), encontrar-se-á sempre sob suspeição, tanto no que concerne à autoria quanto a integridade textual.
Tal pode-se verificar, por exemplo, para com alguns escritos canônicos neotestamentários:
Atos* - autoria
Hebreus** - autoria
Epístolas Petrinas (Pedro) - autoria
Epístolas Joaninas (João) - fragmentos / acréscimo
Apocalipse*** - autoria
E, assim sucessivamente...
___________________________________
* A suposta autoria conferida a Lucas ainda apresenta significativas lacunas, não sendo acatada como concludente.
** Segundo Eusébio, Clemente de Alexandria a declarou como sendo de autoria paulina (hebraico) e posteriormente vertida em grego por Lucas. Já Tertuliano supunha tratar-se de Barnabé. Lutero sugere Apolo.
*** tanto a estilistica quanto o koiné aplicados à redação do "Apocalipse de João" diferem substancialmente daquele utilizado em seu Evangelho e Epístolas. Algumas vertentes ortodoxas orientais não o incluem ao cânon regular, como a Igreja Ortodoxa Síria (Códice Peshita).
Atenciosamente,
"Em Caridade"
Irmão Ednelson
"Ekklésia Christiana"- Mensagens : 497
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