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"Ritual e Representação: o discurso religioso da Congregação Cristã no Brasil" (Parte II - conclusão)

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Mensagem  "Ekklésia Christiana" Sex Dez 09, 2011 9:27 pm




RITUAL E REPRESENTAÇÃO:
O DISCURSO RELIGIOSO DA CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL


Manoel Luiz Gonçalves Corrêa*


(Parte II)




2. ORDENAÇÃO DAS PARTES DO CULTO


2.1. Saudação inicial

O ancião saúda a irmandade com expressões como:

"Deus seja louvado”

Ao que a irmandade responde cadenciadamente:

"Amém!"


Segue-se um burburinho de “Glória” e "Glória a Deus”, "Senhor!, num crescendo em número e em intensidade, cada vez mais carregado de modulações lamentosas, lideradas pelas vozes femininas e intercaladas, de tempos em tempos, com graves chamamentos “Senhor”, "Glória, Senhor:", são os homens, pronunciando as palavras com vibrato e realçando a vogal tônica por meio de alongamento e simultâneo abaixamento da tom.
Todos os atos de glorificação, assim como todas as expressões verbais enunciadas durante o culto, são atribuídos ao poder divino atuando sobre os fiéis:


"devemos estar apercebidos para fazermos a vontade de Deus. Ou um canto, que nos chama, ou numa oração ou também para glorificar Seu santo e bendito nome."(Ancião, Bonfim, 13/06/81)


O ancião contribui também nos chamamentos, abrindo o seu papel de animador do culto. Esse papel, no entanto, não deve ser confundido, pois a animação do culto tem um alvo certo (a suscetibilidade dos fiéis) e uma direção (a ligação do fiel com a divindade).


Além de animador, ele detém um poder deliberativo, prolongando ou reduzindo a duração das partes do culto, que, no total, não deve durar mais que 01h30min, conforme determinação do Ministério.



2.2. Chamada de um hino


Em geral os hinos separam as partes do culto. Sua escolha segue também um ritual. O ancião propõe:


"Chamemos um hino.”


Um dos fiéis, seguindo as normas de chamamento de hino, pronuncia numeral por numeral, formando o número que o hino recebe no hinário.


Essas normas são claramente explicitadas pelos anciãos nos cultos; não em todos f evidentemente, mas pudemos registrá-las detalhadamente em um deles:


"E também, quando formos chamar os hinos, nós devemos chamar os hinos de pé, ... "


"Então pronuncia bem, hino: um por um, né? Se tiver algum problema, então falar este hino tem: UM-ZERO-ZERO. ...Às vezes o do lado não entendeu direito. Tem: UM-SETE-SETE, né? (.. ) Então, enquanto o do lado não entende, é bom que o irmão fique de pé, porque o irmão, 'tanto de pé, a irmã, 'tanto de pé, já no, já no ficar de pé, ela já presta atenção. Então ele olha na boca do irmão ------sabe no pronunciar as palavras, ela ajuda, ajuda quem tá lhe seguindo a entender se e ZERO ou SETE, não é ? ( ••• ) E quando for algum hino que tem o número SEIS, devemos dizer não SEIS, mas MEIA Dúzia, porque o SEIS confunde-se com o TREIS, não é ?" (Bonfim,13/06//81)


Em seguida, os músicos tocam uma breve introdução a que os fiéis seguem cantando.
Interessante notar as duas dimensões presentes nas normas de chamamento: há uma dimensão prática, no sentido de facilitar a localização no hinário, mas há também a dimensão ritualística propriamente dita. O número tal, pronunciado em condições apropriadas, introduz o próprio ritual (se o hino for de abertura), institui uma louvação (hino de oração), forja a comunhão com Deus (hino de comunhão) e até prevalece sobre o tempo, seguindo os mortos (hino de ofício fúnebre). Substituir um possível hino por um possível numero é fazer esse número funcionar como nome próprio, "chamar" esse nome/número em determinado momento do culto e de acordo com um procedimento pré-estabelecido - estar de pé, pronunciar bem, numeral por numeral, os outros fiéis atentarem para os movimentos da boca na hora do chamamento - resulta num efeito ritualístico próprio. Ao pronunciá-lo, o fiel faz irromper determinado ato coletivo (abertura,louvação, etc.).


Mas não só isso. Nesses atos, quaisquer que sejam eles, a função mais importante e o chamamento da divindade. A exemplo do que dissemos a respeito da adoração ativa própria a este culto (cf. p. 33), a entoação de um hino não e uma louvação pura e slmples, mas um chamamento, o que marca também seu caráter de ação.
Há, portanto, uma estreita relação entre a chamada do hino pela enunciação de um numero e o chamamento - invocação - da divindade. O hino, acompanhado sempre pelos instrumentos de sopro, permanece incompreensível para o ouvinte leigo, dada a altura em que são tocados aqueles instrumentos. Pelo mesmo motivo, os fiéis podem soltar a voz até o limite. O efeito, portanto, é o de total liberação da voz, o que vai ter influência na entrega total dos fiéis durante o culto e vai resultar na esperada ligação com a divindade. É mais um caminho para a chamada “comunhão com Deus".


Há também, certamente, o efeito produzido pelo que é dito nos hinos (pela letra), mas em termos do ritual, parece-nos que a importância maior está na criação de um clima propicio a liberação das “vozes interiores” que, uma vez rompida a barreira, vão explodir em transe em algum momento do culto, provavelmente durante e depois do sermão.


Portanto, entoar um hino aumenta o envolvimento do fiel, aproximando-o da divindade. A própria chamada do hino deve-se a essa aproximação, ou seja, o fiel o chama em função do que acredirta ser o desejo divino (cf.pp34-5). Poderíamos mesmo dizer que a chamada do hino e a invocação da divindade, através dele, constituem um único ato. Invocar a Deus por meio de um número pode significar a materialização de entidades divinas para os fiéis.


Podemos, ainda, levantar mais um importante componente no complexo processo do ato da "chamada do hino e da invocação da divindade", levado a efeito todo ele pela função conativa ou, nos termos de Reboul, pela função incitativa da linguagem.


Seu efeito prático - a simples chamada do hino – reproduz aparentemente apenas a normatividade do ritual, fato que lhe dá a autenticidade pelo que e ""familiar, conhecido. No entanto, segunda Reboul, a incitação que determinado enunciado produz “não aparece claramente no que ele diz. Acontece mesmo que ele seja tanto mais eficaz, quanto menos claro l1 (1980 1 p.lll). Assim, as dimensões (prática e rítualistica) podem ser vistas nâo só na sua função mágica de invocação da divindade. Há também nesse ato incitativo uma forte função social - a incitação voltada para a própria irmandade - no sentido de que os próprios fiéis e que de vem incorporar a suposta presença divina. A "chamada" retorna, pois, como interpelação direta (à maneira de uma sala de aula), traduzindo-se como: “E você? Está presente e pronto a receber a presença divina ?". Desse modo na aparente racionalidade (chamada do hino e invocação da divindade, previstas pelo ritual) esconde ela mesma um certo sagrado, que não se pode transgredir verbalmente (calando-se, por exemplo, na hora do hino) sem se cometer umna blasfêmia ll (op. cit., p.llS). Isto pode ser observado na preocupação constante entre os fiéis de dividirem o hinário com o vizinho de banco quando este não o possui (fato que ocorreu conosco durante todas as gravações), sendo esta uma maneira de evitar a transgressão o número de hinos chamados pode variar, somando em alguns cultos até três seguidos, mas sendo esse numero sempre determinado pelo ancião, que reitera, assim, o seu papel de animador do culto e seu poder de deliberação.


Terminado(s) o(s) hino(s) os fiéis voltam ao burburinho anterior: É o



2.3 Momento da oração


Em que os fiéis colocam em voz alta suas preces, seus pedidos, clamando pela benevolência divina.
Em determinado momento, e novamente acreditando ser o desejo divino, um fiel qualquer vai intensificando o volume de voz durante até se destacar dos demais, é quando suplica as bênçãos do Senhor, agradece pela Sua bondade e, em certos casos, pede a proteção divina para as autoridades constituídas. Há, no entanto, todo o tempo, manifestação geral e inflamada.


O momento da oração está ligado ao final da interpretação do hino e sua abertura se dá pela interferência do ancião, que se utiliza de expressões semelhantes a esta:


“Senhor concede o momento da oração." (Jardím Carlos Gomes, 18/02/82)


Ao que se segue a exaltação conjunta e individual, já descritas.


A critério do ancião pode seguir-se, então, outro hino, que, nesse caso, será o elo de ligação com a parte seguinte, precedida, como em todos os momentos de espera, pelos chamamentos a divindade, agora mais esparsos e menos inflamadamente.



2.4. Testemunhos


Com a expressão:


"O Senhor concede a liberdade para os testemunhos."


O ancião interrompe os chamamentos que retornam mal ele termina de falar.
Seguem-se, então, os "Glória" e "Senhor" até que fiel se levante e vá até o microfone.
Vale lembrar que, tanto as expressões verbais, como todos os outros atos presentes no culto são efetuados como provenientes da atuação divina. É o que freqüentemente os fiéis manifestam (por meio de diferentes expressões) em seus discursos a respeito do ato de testemunhar:


"Não de mira mesmo, mas se Deus me der força e eu levantar ... "


Note-se, porem, que essa força divina recedida articula-se com o jogo de vozes que falam pelo falante real - no texto, o locutor que, continuando, diz:
"...eu quero levantar e levar a saudação... "


A aparente contradição ("não de mim"/"eu quero") se desfaz quando se considera que num mesmo discurso o sujeito se representa de várias maneiras. No caso presente, o “querer" marcado no locutor é o desejo divino pois nesse enunciado o locutor falada perspectiva de Deus, dando lugar, portanto, a um enunciador divíno. Dessa forma, em um primeiro momento, o sujeito se representa como ele mesmo ("não de mim!) em relação com a vontade de Deus.


Em um segundo momento, a vontade de Deus “é" a sua própria vontade (“eu quero"). Teríamos, pois, dois sujeitos (de mim/eu quero) o fato de a irmandade reconhecer nessas suas representa-se um único sujeito - o fiel ali presente - deve-se a que a sua presença é mediada pela representação ideológica que o locutor constrói e que é reconhecida pela irmandade.


Na teoria do discurso, o princípio que comanda a reunião das diferentes representações do sujeito em urna unidade é o chamado "principio de autoria". Essa unidade se dá, "pela função social que esse "eu" assume enquanto produtor da linguagem" autor - no interior de uma formação discursiva (cf. Orlandi e Guimaraes, 1985).
Assim, de acordo com o principio de autoria, podemos observar que o "eu" que fala nesse discurso que estamos analisando – o fiel/locutor -, embora seja um enunciador mundano, fala de uma perspectiva divina, representando outro enunciador - Deus.


Portanto, a função social de autoria responsável pelo efeito de unidade do sujeito, se dá, Desse caso, de acordo com as regras que regem a formação discursiva da CCB. Como sabemos, no interior dessa formação, é possível para o sujeito (mundano) assumir, através das situações de fala ritualizadas, o papel de enunciador divino.


Resta-nos acrescentar que, sendo o testemunho o ato mais importante para a confirmação do poder de Deus, há um acordo tácito entre o "querer”do fiel (que é o desejo de Deus) e o desejo de toda irmandade, o que garante a eficácia do funcionamento desse discurso.


Outro aspecto interessante a propósito do testemunho é que a intenção de testemunhar, embora atribuída ã vontade de Deus, é regulada também pela presença do ancião. g ele quem adverte:


“......hoje teve bastante tempo para contar maravilha, ninguém ... , às vezes, a pessoa
que preparou algumas maravilhas~ certo? Poderia ter preparado mais ainda." (Bonfim, 13/01/81)


Observamos nessa citação que o verbo "preparar" indica que apenas teoricamente os testemunhos são provenientes da atuação divina. Na prática l eles devem ser trazidos prontos de casa.
Entretanto este fato não modifica o valor que lhe é atribuído no culto, muito menos se coloca em dúvida sua proveniência divina. Afinal, a função primordial do culto é justamente está investir atos corriqueiros de um caráter sobrenatural.


Estas duas faces do ato de “preparar" podem ter sua explicação no fato de que esse verbo é, em geral, utilizado com o agente divino – “o Senhor preparou", ”Deus preparou", etc – abrindose , pois, a possibilidade de que a carga semântica presente em "preparar" - como ato divino - se aplique também ao ato humano executado pela "pessoa que preparou algumas maravilhas”.


Testemunhar, portanto, é um ato livre na justa medida em que é considerado como permitido par Deus. Podemos observar isso na expressão seguinte, usada, em alguns cultos, pelo ancião em seqüência a expressão de abertura:


“Agora, meus irmãos, DEUS DÁ A LIBERDADE de testemunhar. Quem tem recebido maravilhas do Senhor vem neste momento para glorificar a Deus diante da congregação. U reiterando no final a permissão para os fiéis se expressarem:


"Estamos nesta SANTA LIBERDADE. Deus seja louvado!" (Jardim Carlos Gomes, 18/02/82)


ao que a irmandade responde: “Amém. "


A hora dos testemunhos, além de ser a hora do agradecimento pelos beneficios recebidos, é também o momento de tornar publico o pagamento dos votos ("promessas"), o que fica claro em algumas expressões de abertura desta parte do culto, como:


“ é para nós agradecer a Deus, pelas maravilhas recebidas das mãos santas do Senhor e
também pagar nossos votos diante de Deus.” (Bonfim, 13/01/81)


Pode ocorrer interferência do ancião, num parêntese a alguma parte do culto, para fazer uma admoestação aos fiéis. Nesta parte do culto, em uma oportunidade, correu este fato quando a irmandade, depois da abertura pelo ancião, respondeu o "Amém" em intensidade que não o agradou. Imediatamente após os chamamentos que se seguem ao “Amém”


O ancião, em tom irritado e intensidade crescente, repreendeu os fiéis, dizendo:


"Pedi prá irmandade falá o “Amém” mais alto, bem mais alto r muito mais." (Bonfim, 13/01/81)


Outro tipo de interferência pode se dar quando não há pessoas dispostas a dar testemunho, como ocorreu em um outro culto no qual apenas um fiel se apresentou. Houve, após esse testemunho, um silêncio desolador. Como ninguém se dispusesse, o ancião tomou a palavra 8, num tom de irritação, mas de conselho, falou:


“O irmão e a irmã devem permanecer em santa comunhão na casa do Senhor, para. que o Senhor, na comunhão, possa visitar o coração, amados, e possa requerer de nos aquilo que por sua santa e divina vontade.”


"Por isso, estamos aqui para servir ao Senhor, para ‘tarmos’ em comunhão e não para estarmos distraídos ou desapercebidos na presença de Deus” (Bonfim, 13/06/81)


Imediatamente, um fiel se levanta, mas de seu testemunho só se ouvem as palavras iniciais:


"O nome de Deus seja eternamente louvado:" (Bonfim, 13/06/81)


seguindo inaudível até o final.


Como vemos, uma boa admoestação pode produzir efeitos surpreendentes, pois ainda mais dois fiéis foram “visitados” e dispusera-se a testemunhar.


Esse fato nos mostra que, além de animador e de ter o poder de deliberação r O ancião 'tem uma ascendência mui to grande sobre os fiéis, caracterizando-se, acima de tudo, como uma autoridade.. Autoridade de que ele necessita e que ele constrói incessantemente pelo domínio da palavra.


William R. Read, ao descrever o culto da CCB na "Igreja-Mãe", em são Paulo, na década de 1960, relata uma prática utilizada pelo ancião na hora dos testemunhos: "Os testemunhos devem ser edificantes, pois caso contrário, o ancião, que dirige o culto desligará simplesmente o microfone ou dirá à pessoa que ela está tomando Q tempo dos outros, sem uma participação edificante (op.dt.,p. 20).


Não presenciamos nenhuma ocorrência deste fato, mas essa informação ilustra bem a tradição controladora da autoridade máxima do culto.


Não há um número nem uma extensão fixada para os testemunhos, mas subjaz um acordo tácito quanto à quantidade e duração dos mesmos. Veremos também na análise dos testemunhos que, mesmo curtos, obedecem a uma estruturação, a que anteriormente nos referimos como sendo a ritualização dos discursos.
Entre o final dos testemunhos e a parte seguinte o ancião interfere com a expressão:“Glória a Deus”


e os fiéis o seguem: “Glória a Deus!", "Glória a Deus”...


Em um tempo de espera entre a certificação de que não há mais nenhum testemunho a ser apresentado e a parte seguinte. Marca-se, assim, como vemos, o caráter ativo do culto, pois mesmo, nesse momento de espera, que seria uma pausa nas manifestações, estas aparecem para preencher o silêncio.
Finalmente, encerram-se os testemunhos com a chamada de outro hino.


Ancião: “Chamemos outro hino”


Um dos fiéis procede da maneira já descrita, dizendo em voz alta o número do hino.
Uma vez entoado, voltam os chamamentos a divindade e está próxima a parte central do culto.



2.5. Avisos e recebimento da palavra, leitura da Bíblia e discurso do ancião


Estes quatro itens, nessa ordem, compõem uma única parte do culto. Em todos eles o ancião e o protagonista principal. Deste ponto até o final,a palavra fica, quase que exclusivamente,sob o seu poder.


AVISOS


Este item da parte central do culto t quando presente precede a Leitura da Bíblia, que por sua vez vem sempre ligada ao discurso do ancião.


Os avisos servem para colocar os fiéis a par dos projetos de sua irmandade, para convocar os fiéis para algum trabalho, relacionar os lugares onde haverá batismo (incluídos até aqueles a serem efetuados em outros estados), para pedir orações pelos servos que estão em viagem de evangelização (para efetuarem batismo ou para visit.arem as outras irmandades - na santa obra de Deus"), para convocar reuniões (como a Assembléia Geral, em que se faz o balanço das coletas e se estabelece a sua aplicação:


"Por lei temos obrigação de convidar", segundo o ancião


Podem servir ainda tanto para comunicar viagens de irmãos, que por esse motivo estão ausentes, como para convidar os fiéis interessados em aprender a tocar algum instrumento, ou mesmo para solicitar orações aos que já estão aprendendo. Em alguns cultos nao consta a parte de Avisos, passando-se diretamente dos testemunhos ao Recebimento da Palavra.



RECEBIMENTO DA PALAVRA E LETURA DA BÍBLIA


O ancião, que vinha presidindo o culto até esse momento,pode ceder seu lugar a uma das pessoas sentadas na fila da frente (cooperador ou diácono da congregação local ou visitantes e/ou anciãos visitantes). Nem sempre essas pessoas estão presentes e, quando estão, somente tomarão a palavra "se forem visitadas pelo Espírito Santo", guia que conduzirá a escolha da leitura.


Quando não há mudança de ancião, abre-se esta parte, anunciando-
se:


"E o Senhor nos mandará a Sua Palavra. Deus seja louvado."

Irmandade:

“Amém. "

ao que pode seguir-se uma conclamação às glorificações e chamamentos a divindade, Como ocorreu, em seqüência, neste culto:


“Querida irmandade, clamam a Deus que a Palavra é de Deus é revelada pelo Espírito Santo e nós devemos clamar a Deus para que o Senhor nos revele a Palavra.”


"Queria avisar a toda querida irmandade, as irmãs e aos irmãos, as necessidades que estão aqui, aqui nós ternos que deixar. Nós nâo sabemos, mas o Senhor é aquele que pode nos revelar as virtudes do Espírito Santo”


"Glória, Senhor”


Irmandade {em manifestações individuais}:


"Glória”, "Glória, Senhor", "Senhor"


Ancião: "Aleluia"


Irmandade: "Glória:", “Glória a Deus”


Ancião: "Deus seja louvado"


Irmandade (em uníssono): "Amém" (Bonfim, 13/01/81)


Se houver a mudança de ancião, aquele que vinha dirigindo o culto faz também a abertura desta parte, como no caso:


"Agora continuaremos em santa comunhão, o Senhor enviará do céu a Sua santa e gloriosa Palavra. Deus seja louvado:" (Bonfim, 13/06/81).


e os fiéis respondem: "Amém"


Seguindo-se, então, as glorificações de praxe.


O novo ancião toma o seu lugar, apresenta as "saudações na Paz de Deus" de sua congregação de origem, entabulando, assim, o diálogo com a irmandade r que lhe responde: "Amém". Em seguida, anuncia a leitura que será feita e que já fora "recebida" por ele durante as glorificações.


Em qualquer dos casos, a irmandade permanece num burburinho de "glórias" cada vez mais intenso, enquanto aguarda o recebimento da "Palavra de Deus” pelo ancião. Também nessa espera, como vemos, não se faz silêncio.


Esse recebimento é melhor observado quando não há mudança de ancião. De pé e sempre de frente para o público, depois de estar folheando a Bíblia por alguns instantes, em determinado momento dirige-se aos fiéis por meio de expressões semelhantes a esta:


“o Senhor manda sua Santa Palavra, então vamos ler, irmãos. são João. Evangelho de são João. Capitulo VII do Evangelho de São João."


E especifica a leitura a ser feita, como no exemplo:


"Vamos ler, irmãos, o verso 10 até aonde O Senhor nos guiar. Sete, Capitulo VII, verso 10 em diante." (Parque Industrial, 14/01/81).


Há consenso quanto ao recebimento da indicação divina, mas o ancião pode reafirmá-la:


"A Palavra de Deus, irmãos, fica pronta na mesma hora, chamamos Ele e Ele traz a Palavra, necessidade da igreja, nós não temos nada preparado, durante a leitura Deus traz na hora.”


"Vamos ler com a ajuda de Deus e a guia de Seu Santo Espírito." (Jardim Carlos Gomes, 18/02/82)


Para marcar o final da Leitura, que é feita pelo próprio ancião, este faz uma modulação de voz adequada (diminuição da velocidade da fala e ênfase simultânea às últimas palavras), a qual a irmandade responde: “Amém”.



DISCURSO DO ANCIÃO


Feita a leitura, o ancião introduz seu discurso. Até que ele comece, os momentos vazios são preenchidos com chamamentos e glorificações, agora mais esparsos.


A direta inspiração de Deus sobre o pregador na hora de sua pregação dispensa o manuscrito previamente preparado. Este fato e as crenças que o fundamentam "talvez remontem ã origem do Separatismo e do primeiro Grande Despertar (Great Awakening) em New England dos anos 1740" (Titon e George, 1978, p. 10) o ancião inicia o seu discurso e durante toda a pregação há respostas das fiéis. Conforme a temática e as modulações de voz do ancião, os fiéis têm reações que vão desde os chamamentos à divindade ("Senhor Senhor") até êxtases de lamentações, marcadas pela altura, pela inflexão de voz e às vezes até pelo pranto.


Em determinado estágio do discurso, o ancião acentua os a pelos de maior efeito, carregando nas entoações e na intensidade da voz, e Os fiéis compreendem que é chegado o momento final. Um ruído intenso de vozes toma conta do templo. Tudo parece vibrar junto.


Somente o branco relógio redondo (quando presente), instalado lado estrategicamente no alto, às costas do público e de frente para o ancião, permanece impassível o ancião termina seu discurso, dizendo:


“Deus seja louvado!” e os fiéis: “Amém."


2.6. Agradecimento final


Sem interrupção, o ancião acrescenta: "Vamos agradecer a Deus!"
e os fiéis: "Amém”


As pessoas se entregam totalmente aos chamamentos e glorificação da divindade até que um dos fiéis se projeta e faz o agradecimento final. Seu término é marcado pela menor velocidade da fala na pronúncia das últimas palavras, a que a irmandade responde: “Amém".


Em algumas ocasiões o ancião encerra seu discurso anunciando a parte seguinte; isto e, o Agradecimento Final:


"Esta é a Palavra que o Senhor manda, irmãos, para nós. MAIS ALGUMA COISA O SENHOR DARÁ AO SEU SERVO. Deus seja louvado” (Jardim são Vicente, 23/02/82)


seguindo-se, então, o procedimento já descrito ..


Terminado o agradecimento, o ancião convida para um novo hino:


"Cantemos um hino."


Um fiel escolhe o hino, conforme o procedimento de escolha do hino.


2.7. Saudação final e "ósculo santo"


Após o hino, o ancião repete a saudação: "Louvado seja Deus",
a que os fiéis respondem: “amém”


Todos se movimentam e saúdam-se com o "ósculo santo", beijando-se somente pessoas batizadas e do mesmo sexo, agora dirigindo-se, novamente em grupos, para os locais de origem.


Daremos, no final deste trabalho, um tratamento analítico mais direto ao caráter ativo deste culto, fato marcado, como temos observado, pela atividade verbal incessante dos seus participantes.


Em suma, para termos uma visão do culto como um todo, retomemos através do esquema abaixo, como se dá a estruturação de suas partes:


1. SAUDAÇÃO
2. CHAMADA DO HINO
3 MOMENTO DA ORAÇÃO
4. TESTEMUNHOS
5. AVISOS, RECEBIMENTO DA PALAVRA, LEITURA DA BÍBLIA E DISCURSO DO ANCIÃO
6. AGRADECIMENTO FINAL
7. SAUDAÇÃO FINAL E "OSCULO SANTO


“As partes grifadas no esquema, isto e, os testemunhos (discurso dos fiéis em testemunho) e o discurso do ancião serão os próximos passos de nossa análise, em que buscaremos determinar estrutura ritualizada desses discursos.



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* Graduado em Letras (Português/Espanhol) pela UNESP-São José do Rio Preto-SP (1978), fez mestrado (1986) e doutorado (1997) em Lingüística na Universidade Estadual de Campinas e livre-docência (2011) na Universidade de São Paulo. Fez, ainda, dois pós-doutorados no exterior (U-3-Grenoble-FR 2002/2003, e Université Paris XII-FR, em 2009) e coordenou convênio CAPES/COFECUB USP/UNICAMP/U-3-GRENOBLE (FR) por quatro anos (2005-2008). Atualmente, é professor efetivo do DLCV-FFLCH-Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Ensino de Português L1, atuando principalmente no estudo dos temas: escrita, letramento, discurso, leitura.

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"Ekklésia Christiana"

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Mensagem  Sergio Teixeira Sáb Dez 10, 2011 12:51 pm

Irmão Ednelson:

Ainda não entendi a razão pela qual esses trabalhos estão sendo publicados neste forum.
A despeito de ser o autor um professor bastante qualificado, ele tem sido bastante leviano em sua dissertação, a ponto de deixá-la comparável a um "trabalho de foca"*.
São tantos os pontos negligenciados, ou descritos sem a devida fidelidade, que nem sequer nos caberia fazer uma contraposição. Sua abordagem se assemelha a quem atira de chumbinho, esperando acertar em alguma coisa, de qualquer maneira.
A observação dos acontecimentos referentes à CCB sob a ótica exclusiva daquele professor, em todo o trabalho ora apresentado, tem demonstrado ser fruto de uma investigação grosseira e tendenciosa, muitas vezes bastante distanciada da realidade.
O trabalho distancia-se em muito de uma obra de cunho acadêmico, sendo excessivamente especulativa.
Esqueçamo-nos por um momento que ele se refere à "nossa CCB" e imaginemo-lo descrevendo um time de futebol, uma comunidade distante ou um povo extinto.
Careceria de credibilidade da mesma forma diante dos que conhecessem o assunto.
Mas certamente "venderia o seu peixe" para pessoas incautas e desconhecedoras da efetiva realidade.
Na minha opinião, ele poderia ter feito muito melhor, pois trata-se de pessoa competente.
Mesmo que esse "melhor" fosse eventualmente contrário a nossas opiniões pessoais, mas que esse "melhor" tivesse mais conteúdo verídico e devidamente focado.
Se fosse trabalho de um estudante, estaria sujeito a uma nota baixa.


* "Foca" é o apelido que se dá a um jornalista inexperiente, como aquele personagem anterior vivido pelo Danilo Gentilli no programa CQC (Na versão brasileira "Custe o Que Custar", e no original argentino "Caiga Quien Caiga")
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Mensagem  "Ekklésia Christiana" Sáb Dez 10, 2011 3:13 pm



Saudações cristãs,

Irmão Sérgio...





Em verdade, o referido autor não nos enaltece ou coroa com louros. Tão-somente nos coloca em relevo conforme a medida de sua pessoal conveniência... Assim é a crítica... ora bajuladora, ora mordaz e pontiaguda.


Quanto a verossimilhança daquilo que se propõe como sendo fato, compete aos leitores submetê-lo ao crivo do discernimento, tão qual o dileito irmão primorosamente o fêz.


Muitos daqueles que atualmente se encontram em nossas milícias e fileiras, chegaram-nos em face do alarido crítico-depreciativo... ignoravam tanto nossa existência quanto a espiritual dispensação a nós confiada. O Eterno atrai aos homens por diversos meios... alguns díspares e incógnitos.


O posicionamento de um gentio acerca de nosso peculiar "modus vivendi et operandi" não nos deve causar estupeção: trata-se de um homem natural*. Mas, o que dizer daquele que tendo estado em nosso seio e bebido de um mesmo cálice... num insano gesto rebela-se contra seus pares? A este não se pode reservar outro quinhão senão o institucional desterro e espiritual marginalidade.


Disto se conclui, que deveras inferior e abjeto é o apóstata se contraposto ao gentio.


O parecer gentio acerca de nossas concepções e conduta pode - por via inversa - nos fazer ainda melhores naquilo que já somos (por nossa própria condição) superiores...


Quanto ao escopo (relativo as publicações) nada há de excepcional ou inusitado. Não se pode atribuir efetiva credibilidade a uma página cujos conteúdos se restringem a um hermetismo religioso ultra-defensivo. O "respaldo acadêmico" - nesse particular - se nos faz mister...

_______________________________________________________
* Em oposição ao homem espiritual (I Corintios 2:14)






Atenciosamente,

"Em Caridade"

Irmão Ednelson

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Mensagem  Sergio Teixeira Sáb Dez 10, 2011 4:53 pm

No tocante ao "respaldo acadêmico", é interessante notar que dificilmente esse respaldo estará voltado para o discurso do próprio Cristo, senão para a visão terrena do "Doutor Fulano" ou do "Professor Ciclano".
Assim é que se tem mostrado a própria Teologia, que jamais se baseia no relacionamento do homem com seu Deus através de um Espírito Santo a nós deixado por herança, mas no entendimento puramente literal - não das Escrituras - mas de sua interpretação por parte de renomados autores, que sem mesmo o desejarem, substituem na atualidade os Fariseus e os Escribas.
"Conhecimento teórico" não se coaduna com "cristianismo verdadeiro", que é de caráter eminente e indiscutivelmente prático.
Ninguém irá ao Pai segundo "Fulano & Beltrano, livro tal, etc." mas sim segundo o Cristo e Seus santos ensinamentos.
Resta-nos a grande alegria de poder servir a Deus em espírito e em verdade, com os nossos próprios corações, independentemente de "o ancião" agir dessa ou daquela forma, de "o diácono" estar presente de forma visível, de o restante da irmandade testemunhar ou não.
Não é a ação alheia que importa para a nossa salvação, mas a nossa própria.
Na CCB não estamos preocupados em parecer ser uma igreja fundamentada nas tais teorias defendidas pelos teóricos.
Estamos preocupados em sermos servos do Deus altíssimo.
E para isso não podemos nos permitir sermos guiados por textos elaborados, mas pelas palavras do Espírito.
Seria um total contrassenso ouvirmos ao Mestre, porém obecedermos a Manoel, Joaquim, Francisco
ou outros quaisquer.
Deus nos abençoe e ilumine a todos.
Sergio Teixeira
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"Ritual e Representação: o discurso religioso da Congregação Cristã no Brasil" (Parte II - conclusão) Empty Em bom tempo;

Mensagem  César Freitas Seg Set 17, 2012 7:50 pm

A Paz de Deus, querido Irmão, louvado seja eternamente o nome de Nosso Senhor Jesus...
Com a devida vênia, o ilustre estudioso digo, até de maneira desrespeitosa, tenta descrever o que não pode ser descrito.
Compartilhando integralmente a resposta do Irmão Sergio Teixeira, oro a Deus para que o Douto Pesquisador continue a visitar nossa Santa Irmandade e consiga, guiado pelo Espirito Santo de Deus, obter o entendimento da Palavra.
Que a luz divina esteja sempre contigo.....um abraço.
Sergio Teixeira escreveu:No tocante ao "respaldo acadêmico", é interessante notar que dificilmente esse respaldo estará voltado para o discurso do próprio Cristo, senão para a visão terrena do "Doutor Fulano" ou do "Professor Ciclano".
Assim é que se tem mostrado a própria Teologia, que jamais se baseia no relacionamento do homem com seu Deus através de um Espírito Santo a nós deixado por herança, mas no entendimento puramente literal - não das Escrituras - mas de sua interpretação por parte de renomados autores, que sem mesmo o desejarem, substituem na atualidade os Fariseus e os Escribas.
"Conhecimento teórico" não se coaduna com "cristianismo verdadeiro", que é de caráter eminente e indiscutivelmente prático.
Ninguém irá ao Pai segundo "Fulano & Beltrano, livro tal, etc." mas sim segundo o Cristo e Seus santos ensinamentos.
Resta-nos a grande alegria de poder servir a Deus em espírito e em verdade, com os nossos próprios corações, independentemente de "o ancião" agir dessa ou daquela forma, de "o diácono" estar presente de forma visível, de o restante da irmandade testemunhar ou não.
Não é a ação alheia que importa para a nossa salvação, mas a nossa própria.
Na CCB não estamos preocupados em parecer ser uma igreja fundamentada nas tais teorias defendidas pelos teóricos.
Estamos preocupados em sermos servos do Deus altíssimo.
E para isso não podemos nos permitir sermos guiados por textos elaborados, mas pelas palavras do Espírito.
Seria um total contrassenso ouvirmos ao Mestre, porém obecedermos a Manoel, Joaquim, Francisco
ou outros quaisquer.
Deus nos abençoe e ilumine a todos.

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"Ritual e Representação: o discurso religioso da Congregação Cristã no Brasil" (Parte II - conclusão) Empty Re: "Ritual e Representação: o discurso religioso da Congregação Cristã no Brasil" (Parte II - conclusão)

Mensagem  Sergio Teixeira Qui Set 20, 2012 12:43 pm

Tem sido difícil encontrar uma igreja que seja realmente cristã, ou seja, que siga unicamente e em tempo integral aos ensinamentos do Cristo.
Sempre os apriscos e os rebanhos sofrem interferências doutrinárias nos variados graus, que vão dos oficiais aos oficiosos.
Ao nível oficioso, estamos igualmente cheios de lendas e fábulas, como qualquer outra denominação...
Afinal, para que a Palavra se cumpra, nossa luta agora é contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais.
Essas hostes não estão "no irmão Fulano", nem "no ministério tal", mas à volta de cada um de nós.
Temos de lutar, e prevalecer o Cristo que habita em nós.
Acontece que a doutrina verdadeira sempre estará presente intuitivamente nos corações daqueles que se deixam conduzir pela perfeita guia do Espírito Santo de Deus, e que nos livra de todo engano.

Existe aqui algum diferencial que faz com que ainda tenhamos total liberdade de, se assim o quisermos, e apesar de eventuais interferências que nos entristeçam, servir a Deus de puro e sincero coração e seguir integralmente as instruções e os ensinamentos de nosso Mestre.
Que Deus nos abençoe a todos.
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"Ritual e Representação: o discurso religioso da Congregação Cristã no Brasil" (Parte II - conclusão) Empty ....

Mensagem  César Freitas Qui Set 20, 2012 2:40 pm

Amém....



Sergio Teixeira escreveu:Tem sido difícil encontrar uma igreja que seja realmente cristã, ou seja, que siga unicamente e em tempo integral aos ensinamentos do Cristo.
Sempre os apriscos e os rebanhos sofrem interferências doutrinárias nos variados graus, que vão dos oficiais aos oficiosos.
Ao nível oficioso, estamos igualmente cheios de lendas e fábulas, como qualquer outra denominação...
Afinal, para que a Palavra se cumpra, nossa luta agora é contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais.
Essas hostes não estão "no irmão Fulano", nem "no ministério tal", mas à volta de cada um de nós.
Temos de lutar, e prevalecer o Cristo que habita em nós.
Acontece que a doutrina verdadeira sempre estará presente intuitivamente nos corações daqueles que se deixam conduzir pela perfeita guia do Espírito Santo de Deus, e que nos livra de todo engano.

Existe aqui algum diferencial que faz com que ainda tenhamos total liberdade de, se assim o quisermos, e apesar de eventuais interferências que nos entristeçam, servir a Deus de puro e sincero coração e seguir integralmente as instruções e os ensinamentos de nosso Mestre.
Que Deus nos abençoe a todos.

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Mensagem  Luiz Flavio N. Facci Dom Set 23, 2012 10:32 am

A Paz de DEUS seja conosco e com nossas famílias.

É o que já disse algumas vezes: Por que essa "preferência" pela Congregação Cristã no Brasil?

Ou será que o autor fez algum trabalho sobre qualquer outra Igreja?

DEUS nos abençoe a todos.
Luiz Flavio.

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"Ritual e Representação: o discurso religioso da Congregação Cristã no Brasil" (Parte II - conclusão) Empty Re: "Ritual e Representação: o discurso religioso da Congregação Cristã no Brasil" (Parte II - conclusão)

Mensagem  Sergio Teixeira Seg Set 24, 2012 5:03 am

Esse autor eu não sei. Teve alguém que se deu ao trabalho de escrever uma série de livros intitulados
"tantos motivos pelos quais não pertenço à igreja Tal" (ou algo assim), sendo um livro "dedicado" a cada denominação religiosa com a qual ele não concorda (e ele discorda de praticamente todas!).
Se não me engano, são 20 os motivos pelos quais ele não pertenceria à CCB - felizmente - mais outros tantos em referência às demais denominações ou "seitas" e até mesmo "heresias", como ele as rotula.
Baseados nesses livros, algumas denominações contaminaram suas EBDs ("Escola Bíblica Dominical", que agora no meio "gospel" é tudo por siglas), adotando para si a prática nada cristã de menosprezar, criticar e condenar as demais denominações evangélicas, fomentando portanto o desamor e a contenda (obra de quem?).
Não temos EBD, mas essa prática maligna tem chegado também e principalmente ao nosso meio.
Ora, as igrejas dos outros são problemas dos outros.
Mas como a salvação é individual, acho que é bom nos livrarmos o quanto antes dessas coisas que envenenam a nossa alma.
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"Ritual e Representação: o discurso religioso da Congregação Cristã no Brasil" (Parte II - conclusão) Empty Re: "Ritual e Representação: o discurso religioso da Congregação Cristã no Brasil" (Parte II - conclusão)

Mensagem  Luiz Flavio N. Facci Seg Set 24, 2012 8:39 am

A Paz de DEUS seja em nossos corações, sempre.

Eu li esse livro (ou esses livros) há muitos e muitos anos.

Um dos livros mais sujos que vi em toda a minha vida: muitas deturpações da Palavra de DEUS, muitas mentiras, muitas falácias, muita injúrias e calúnias contra a Congregação Cristã no Brasil.

Que nojo!

DEUS nos abençoe.
Luiz Flavio.

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