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Congregação Cristã e Profissão de Fé: análise comparativa

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Mensagem  "Ekklésia Christiana" Sáb Fev 18, 2012 10:29 am


Saudações cristãs,

Amados...




Muito embora as “Escrituras” (gr.: “graphé”), e mais precisamente o Cânon Neotestamentário, figurem como o referencial por excelência a toda a Cristandade, as supostas lacunas teológico-doutrinárias e demais paradoxos próprios de sua redação (e eventuais adendos/excertos), demandaram a elaboração de ulteriores sínteses ou súmulas habitualmente designados como “credos”* ou “profissões de fé”.


O Credo Apostólico ("Símbolo Apostólico")


Dentre estes, temos como o mais popular expoente o denominado “Credo Apostólico” ou “Símbolo dos Apóstolos” (lat.: “Symbolum Apostolorum” / “ Symbolum Apostolicum”). De origem tão duvidosa quanto a Didaqué, acredita-se remontar aos primórdios de nossa Era. Segundo a tradição católica romana, sua autoria atribui-se aos apóstolos, sendo cada um de seus doze artigos ditados por um dentre os mesmos . Alega-se ainda, que sua composição caracteriza-se como uma antítese aos postulados gnósticos e demais frentes apóstatas. O “Credo Apostólico” apesar de apresentar ligeiras adequações é utilizado por alas aparentemente opostas como o catolicismo e protestantismo histórico, inclusive, por ocasião do Batismo.

Segue-se:


Fórmula original latina:


"Credo in Deum Patrem omnipotentem,
creatorem coeli et terrae,
et in Iesum Christum,
Filium eius unicum,
Dominum nostrum,
qui conceptus est de Spiritu Sancto,
natus ex Maria Virgine,
passus sub Pontio Pilato,
cruxifixus, mortuus et sepultus,
descendit ad inferno (vel ad inferos),
tertia die resurrexit a mortuis,
ascendit ad coelos,
sedet ad dextram Dei Patris omnipotentis,
inde venturus est iudicare vivos et mortuos,
Credo in Spiritum Sanctum,
sanctam Ecclesian catholicam,
sanctorum communionem,
remissionem peccatorum,
carnis resurrectionem,
et vitam aeternam."



Versão portuguesa:


"Creio em Deus Pai, todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo,
seu único Filho
nosso Senhor.
Que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos Céus
está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso,
donde há de vir julgar os vivos e mortos.
Creio no Espírito Santo,
na Santa Igreja Católica**,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne,
na vida eterna."



O Credo Niceno-constantinopolitano


A distribuição cronológica dos credos e sua elaboração não é de todo precisa, a tradição, no entanto, costuma situar os três “símbolos maiores”, conforme a sequência ora aplicada.

Teríamos assim, o “Credo ou Símbolo Niceno-constantinopolitano”. Como reação a Ário e Eutíquio - entre outros - convocam-se os concílios de Nicéia (325 E.C.) e Constantinopla (381 E.C.). O primeiro, contando com a assistência de 318 epíscopos, delibera pela promulgação da chamada “Profissão de Fé dos 318 Pais” e o segundo, a versão revisada (“Profissão de Fé dos 150 Pais”). O Credo Niceno-constantinopolitano é compartilhado pelas vertentes católicas romanas e ortodoxas orientais em integral paridade. A liturgia ortodoxa recorre ao símbolo descrito como declaração de fé exclusiva em quaisquer de suas cerimônias, ao passo que a Igreja Latina (catolicismo romano) apenas esporadicamente e sob solenes circunstâncias.

(O ulterior acréscimo da “cláusula filioque”***, veio a distinguir as fórmulas adotadas por ambas as alas, contribuindo significativamente para o seu gradual distanciamento e final ruptura - Cisma do Oriente / 1054).

Segue:

Versão Latina


"Credo in unum Deum,
Patrem omnipoténtem,
Factórem cæli et terræ,
Visibílium ómnium et invisibílium.
Et in unum Dóminum Iesum Christum,
Fílium Dei Unigénitum,
Et ex Patre natum ante ómnia sæcula.
Deum de Deo, lumen de lúmine, Deum verum de Deo vero,
Génitum, non factum, consubstantiálem Patri:
Per quem ómnia facta sunt.
Qui propter nos hómines et propter nostram salútem
Descéndit de cælis.
Et incarnátus est de Spíritu Sancto
Ex María Vírgine, et homo factus est.
Crucifíxus étiam pro nobis sub Póntio Piláto;
Passus, et sepúltus est,
Et resurréxit tértia die, secúndum Scriptúras,
Et ascéndit in cælum, sedet ad déxteram Patris.
Et íterum ventúrus est cum glória,
Iudicáre vivos et mórtuos,
Cuius regni non erit finis.
Et in Spíritum Sanctum, Dóminum et vivificántem:
Qui ex Patre Filióque procédit.
Qui cum Patre et Fílio simul adorátur et conglorificátur:
Qui locútus est per prophétas.
Et unam, sanctam, cathólicam et apostólicam Ecclésiam.
Confíteor unum baptísma in remissiónem peccatorum.
Et expecto resurrectionem mortuorum,
Et vitam ventúri sæculi. Amen"



Versão portuguesa


"Creio em um só Deus,
Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra,
de todas as coisas visíveis e invisíveis
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho Unigênito de Deus,
nascido do Pai
antes de todos os séculos:
Luz da Luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro,
gerado não criado,
consubstancial ao Pai.
Por Ele todas as coisas foram feitas.
E, por nós, homens,
e para a nossa salvação,
desceu dos céus:
e encarnou pelo Espírito Santo,
no seio da Virgem Maria,
e se fez homem.
Também por nós foi crucificado
sob Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia,
conforme as Escrituras;
E subiu aos céus,
onde está sentado à direita do Pai.
E de novo há de vir, em sua glória,
para julgar os vivos e os mortos;
e o seu reino não terá fim.
Creio no Espírito Santo,
Senhor que dá a vida,
e procede do Pai (e do Filho);
e com o Pai e o Filho
é adorado e glorificado:
Ele que falou pelos profetas.
Creio na Igreja
Una, Santa, Católica e Apostólica.
Professo um só batismo
para remissão dos pecados.
Espero a ressurreição dos mortos;
E a vida do mundo que há de vir.
Amém."



O Credo Atanasiano ("Quicunque vult")


Por fim, compete-nos averiguar o terceiro e mais extenso dos símbolos previstos: o “Credo de Atanásio” ou “Credo Atanasiano” (“Quicunque vult”: “Quem quiser”). Em face de sua intrincada complexidade e estrutura (cerca de 40 proposições), muitos o relegam a margem dos credos propriamente ditos, tendo-o mais como um tratado pró-trinitariano.

Sua autoria é conferida a Atanásio de Alexandria, o Epíscopo (séc. IV), não obstante, especialistas o identifiquem como oriundo do séc. V. Dentre as versões gregas, dispõe-se de um manuscrito do séc. VI. Sua configuração atual, contudo, aponta para o séc. VIII. O Credo Atanasiano é acatado como regular por uma ampla fração da Cristandade, incluindo-se, protestantes de base trinitarista.

Segue:


Versão Latina:


"Quicumque vult salvus esse, ante omnia opus est, ut teneat catholicam fidem: Quam nisi quisque integram inviolatamque servaverit, absque dubio in aeternum peribit. Fides autem catholica haec est: ut unum Deum in Trinitate, et Trinitatem in unitate veneremur. Neque confundentes personas, neque substantiam seperantes. Alia est enim persona Patris alia Filii, alia Spiritus Sancti: Sed Patris, et Fili, et Spiritus Sancti una est divinitas, aequalis gloria, coeterna maiestas. Qualis Pater, talis Filius, talis [et] Spiritus Sanctus. Increatus Pater, increatus Filius, increatus [et] Spiritus Sanctus. Immensus Pater, immensus Filius, immensus [et] Spiritus Sanctus. Aeternus Pater, aeternus Filius, aeternus [et] Spiritus Sanctus. Et tamen non tres aeterni, sed unus aeternus. Sicut non tres increati, nec tres immensi, sed unus increatus, et unus immensus. Similiter omnipotens Pater, omnipotens Filius, omnipotens [et] Spiritus Sanctus. Et tamen non tres omnipotentes, sed unus omnipotens. Ita Deus Pater, Deus Filius, Deus [et] Spiritus Sanctus. Et tamen non tres dii, sed unus est Deus. Ita Dominus Pater, Dominus Filius, Dominus [et] Spiritus Sanctus. Et tamen non tres Domini, sed unus [est] Dominus. Quia, sicut singillatim unamquamque personam Deum ac Dominum confiteri christiana veritate compelimur: Ita tres Deos aut [tres] Dominos dicere catholica religione prohibemur. Pater a nullo est factus: nec creatus, nec genitus. Filius a Patre solo est: non factus, nec creatus, sed genitus. Spiritus Sanctus a Patre et Filio: non factus, nec creatus, nec genitus, sed procedens. Unus ergo Pater, non tres Patres: unus Filius, non tres Filii: unus Spiritus Sanctus, non tres Spiritus Sancti. Et in hac Trinitate nihil prius aut posterius, nihil maius aut minus: Sed totae tres personae coaeternae sibi sunt et coaequales. Ita, ut per omnia, sicut iam supra dictum est, et unitas in Trinitate, et Trinitas in unitate veneranda sit. Qui vult ergo salvus esse, ita de Trinitate sentiat.
Sed necessarium est ad aeternam salutem, ut incarnationem quoque Domini nostri Iesu Christi fideliter credat. Est ergo fides recta ut credamus et confiteamur, quia Dominus noster Iesus Christus, Dei Filius, Deus [pariter] et homo est. Deus [est] ex substantia Patris ante saecula genitus: et homo est ex substantia matris in saeculo natus. Perfectus Deus, perfectus homo: ex anima rationali et humana carne subsistens. Aequalis Patri secundum divinitatem: minor Patre secundum humanitatem. Qui licet Deus sit et homo, non duo tamen, sed unus est Christus. Unus autem non conversione divinitatis in carnem, sed assumptione humanitatis in Deum. Unus omnino, non confusione substantiae, sed unitate personae. Nam sicut anima rationalis et caro unus est homo: ita Deus et homo unus est Christus. Qui passus est pro salute nostra: descendit ad inferos: tertia die resurrexit a mortuis. Ascendit ad [in] caelos, sedet ad dexteram [Dei] Patris [omnipotentis]. Inde venturus [est] judicare vivos et mortuos. Ad cujus adventum omnes homines resurgere habent cum corporibus suis; Et reddituri sunt de factis propriis rationem. Et qui bona egerunt, ibunt in vitam aeternam: qui vero mala, in ignem aeternum. Haec est fides catholica, quam nisi quisque fideliter firmiterque crediderit, salvus esse non poterit."



Versão portuguesa:


"Quem quiser salvar-se deve antes de tudo professar a fé católica.
Porque aquele que não a professar, integral e inviolavelmente, perecerá sem dúvida por toda a eternidade.
A fé católica consiste em adorar um só Deus em três Pessoas e três Pessoas em um só Deus.
Sem confundir as Pessoas nem separar a substância.
Porque uma só é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo.
Mas uma só é a divindade do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, igual a glória e coeterna a majestade.
Tal como é o Pai, tal é o Filho, tal é o Espírito Santo.
O Pai é incriado, o Filho é incriado, o Espírito Santo é incriado.
O Pai é imenso, o Filho é imenso, o Espírito Santo é imenso.
O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno.
E contudo não são três eternos, mas um só eterno.
Assim como não são três incriados, nem três imensos, mas um só incriado e um só imenso.
Da mesma maneira, o Pai é onipotente, o Filho é onipotente, o Espírito Santo é onipotente.
E contudo não são três onipotentes, mas um só onipotente.
Assim o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus.
E contudo não são três deuses, mas um só Deus.
Do mesmo modo, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor.
E contudo não são três senhores, mas um só Senhor.
Porque, assim como a verdade cristã nos manda confessar que cada uma das Pessoas é Deus e Senhor, do mesmo modo a religião católica nos proíbe dizer que são três deuses ou senhores.
O Pai não foi feito, nem gerado, nem criado por ninguém.
O Filho procede do Pai; não foi feito, nem criado, mas gerado.
O Espírito Santo não foi feito, nem criado, nem gerado, mas procede do Pai e do Filho.
Não há, pois, senão um só Pai, e não três Pais; um só Filho, e não três Filhos; um só Espírito Santo, e não três Espíritos Santos.
E nesta Trindade não há nem mais antigo nem menos antigo, nem maior nem menor, mas as três Pessoas são coeternas e iguais entre si.
De sorte que, como se disse acima, em tudo se deve adorar a unidade na Trindade e a Trindade na unidade.
Quem, pois, quiser salvar-se, deve pensar assim a respeito da Trindade.
Mas, para alcancar a salvacão, é necessário ainda crer firmemente na Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A pureza da nossa fé consiste, pois, em crer ainda e confessar que Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, é Deus e homem. É Deus, gerado na substância do Pai desde toda a eternidade; é homem porque nasceu, no tempo, da substância da sua mãe.
Deus perfeito e homem perfeito, com alma racional e carne humana.
Igual ao Pai segundo a divindade; menor que o Pai segundo a humanidade.
E embora seja Deus e homem, contudo não são dois, mas um só Cristo. É um, não porque a divindade se tenha convertido em humanidade, mas porque Deus assumiu a humanidade.
Um, finalmente, não por confusão de substâncias, mas pela unidade da Pessoa.
Porque, assim como a alma racional e o corpo formam um só homem, assim também a divindade e a humanidade formam um só Cristo.
Ele sofreu a morte por nossa salvação, desceu aos infernos e ao terceiro dia ressuscitou dos mortos.
Subiu aos Céus e está sentado a direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
E quando vier, todos os homens ressuscitarão com os seus corpos, para prestar conta dos seus atos.
E os que tiverem praticado o bem irão para a vida eterna, e os maus para o fogo eterno.
Esta é a fé católica, e quem não a professar fiel e firmemente não se poderá salvar."




Congregação Cristã e Profissão de Fé


Conforme se haveria de supor, a CONGREGAÇÃO CRISTÃ não constitui uma exceção à regra, dispondo, igualmente, de seu "credo" ou "sintese doutrinária". Originalmente estatuídos por ocasião da Convenção de Niágara Falls (1927), os pareceres ora emitidos tornaram-se a "medida régia" indistintamente aplicada ao denominado "movimento pentecostal ítalo-americano" e suas múltiplas derivações. Posteriormente revisto em dois de seus artigos****, sua atual versão apresenta-se sob a seguinte (e estatutariamente aceita) disposição:



"PONTOS DE DOUTRINA E DA FÉ QUE UMA VEZ FOI DADA AOS SANTOS"


(Estatuto, cap. II, art. XXII, Fé e Doutrina)



I - Nós cremos na inteira Bíblia Sagrada e aceitamo-la como contendo a infalível Palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo. A Palavra de Deus é a única e perfeita guia da nossa fé e conduta, e a Ela nada se pode acrescentar ou d’Ela diminuir. É, também, o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. (II Pedro 1:21; II Tim. 3:16-17; Rom. 1:16).

II - Nós cremos que há um só Deus vivente e verdadeiro, eterno e de infinito poder, Criador de todas as coisas, em cuja unidade há três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. (Ef. 4:6; Mat. 28:19; I João 5:7).

III - Nós cremos que Jesus Cristo, o Filho de Deus, é a Palavra feita carne, havendo assumido uma natureza humana no ventre de Maria virgem, possuindo Ele, por conseguinte, duas naturezas, a divina e a humana; por isso é chamado verdadeiro Deus e verdadeiro homem, e é o único Salvador, pois sofreu a morte pela culpa de todos os homens. (Luc. 1:27-35; João 1:14; I Pedro 3:18).

IV - Nós cremos na existência pessoal do diabo e de seus anjos, maus espíritos, que, junto a ele, serão punidos no fogo eterno. (Mat. 25:41).

V - Nós cremos que o novo nascimento e a regeneração só se recebem pela fé em Jesus Cristo, que pelos nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação. Os que estão em Cristo Jesus são novas criaturas. Jesus Cristo, para nós, foi feito por Deus sabedoria, justiça, santificação e redenção. (Rom. 3:24-25; I Cor. 1:30; II Cor. 5:17).

VI - Nós cremos no batismo na água, com uma só imersão, em Nome de Jesus Cristo (Atos 2:38) e em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. (Mat. 28:18-19).

VII - Nós cremos no batismo do Espírito Santo, com evidência de novas línguas, conforme o Espírito Santo concede que se fale. (Atos 2:4; 10:45-47 e 19:6).

VIII - Nós cremos na Santa Ceia. Jesus Cristo, na noite em que foi traído, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-o aos discípulos, dizendo: “Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim”. Semelhantemente tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: “Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós”. (Luc. 22:19-20; I Cor. 11:24-25).

IX - Nós cremos na necessidade de nos abster das coisas sacrificadas aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e da fornicação, conforme mostrou o Espírito Santo na Assembléia de Jerusalém. (Atos 15:28-29; 16:4 e 21:25).

X - Nós cremos que Jesus Cristo tomou sobre si as nossas enfermidades. “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da Igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados”. (Mat. 8:17; Tiago 5:14-15).

XI - Nós cremos que o mesmo Senhor (antes do milênio) descerá do céu com alarido, com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares e assim estaremos sempre com o Senhor. (I Tess. 4:16-17; Apoc. 20:6).

XII - Nós cremos que haverá a ressurreição corporal dos mortos, justos e injustos. Estes irão para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna. (Atos 24:15; Mat. 25:46).



Conclusões


Esse breve retrospecto fornece-nos um vislumbre daquilo que, ao longo destes vinte e um séculos, o Cristianismo Histórico propôs como legado genuinamente apostólico. Malgrado, envolto em meio a percalços e desencontros, algo lhe subjaz de comum... este “núcleo” seria nosso foco ou alvo, em termos comparativo-analíticos.


_________________________________________
*Do latim “credo” (“creio”).
** do grego “καθολικος” / translit.: “katholikos”: universal.
*** alusiva ao Espírito e sua dupla procedência (“Do Pai e do Filho”), revogada como espúria pela Ortodoxia Oriental.
**** Art. I - Das Escrituras e seu caráter continente; Art. VI - Do Sacramento do Batismo (“Fórmula Concordata”).






Atenciosamente,

“Em Caridade”

Irmão Ednelson

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Mensagem  Sergio Teixeira Dom Fev 19, 2012 8:31 am

Nota-se nesses primeiros credos a claríssima intenção de lançar a culpa do padecimento de nosso Mestre unicamente ao Império Romano (em nome de Pilatos) e não aos judeus principais das sinagogas.

Pilatos, conhecedor do Direito Romano, e praticamente "pisando em ovos" (sob uma situação política altamente delicada e perigosa) sabia que não poderia cometer nenhuma injustiça "em nome de Cesar", e portanto, diante da total ausência de provas referentes aos crimes atribuídos ao cidadão Yeoshua bar Jussef, lavou publicamente as mãos, isentando-se a si mesmo e ao Império de qualquer responsabilidade sobre tal "julgamento".
No popular: "Tirou o braço da seringa"...

Pelo Direito Romano, todo aquele que desse qualquer mau testemunho ou colocasse em dúvida a famosa "justiça de Roma" (inclusive aqueles magistrados que prenderam ao apóstolo Paulo) deveria ser "sacrificado a Ceres", ou seja, morto à espada e sepultado em cova no chão.

Esses credos têm validade como mera referência, pois em nada acrescentam de útil na parte espiritual, e pelo contrário, revestem-se do formato de dogmas muitas vezes impenetráveis e de jugos pesadíssimos.

No tocante aos Doze Pontos de Fé e Doutrina, eles são a espinha dorsal de nosso credo e a única parte legalmente exigível, por ser a única doutrina que consta no Estatuto Social.
Entretanto, existem outros textos aceitos tacitamente no meio do povo e que não conflitam com essa base, exceto em decorrência de interpretações particulares.
Sergio Teixeira
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Mensagem  "Ekklésia Christiana" Seg Fev 20, 2012 10:29 pm


Saudações cristãs,

Prezados...




Tendo sido indagado por alguns irmãos (em "MP") acerca das oficiais deliberações emitidas pelo Concílio Geral de Niágara Falls*, pareceu-me oportuno trancrevê-lo na íntegra e em caráter público.

O documento originalmente expedido encontra-se redigido em dialeto italiano*, sendo posteriormente vertido para o inglês.

Ressalte-se ainda, que durante um determinado período, nossa Declaração de Fé foi acrescida em dois artigos (extras), oportunamente suprimidos - década de 1950 (Além de adequações referentes ao artigo VIII - Santa Ceia).

Conforme já mencionado, o documento aclamado como medida comum distinguia-se em dois em dois de seus itens (I e IV).


Segue:



"12 Artigos de Fé"

(12 Articoli di Fede)


Art. 1º Nós cremos e aceitamos a inteira Bíblia como a infalível Palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo; única e perfeita regra de nossa fé e conduta; à qual nada se pode adicionar ou remover, sendo ela o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. - 2Pe 1:21; 2Tm 3:16-17; Rm 1:16

Art. 2º Nós cremos que há um só Deus vivente e verdadeiro, eterno, de infinito poder, Criador de todas as coisas; e que na Sua unidade há três pessoas distintas: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. - Ef 4:6; Mt 28:19; 1Jo 5:7

Art. 3º Nós cremos que o Filho de Deus é o Verbo feito carne, que assumiu uma natureza humana no ventre da Maria virgem, sendo assim verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, duas naturezas em uma só pessoa, a Divina e a humana; e Ele é o único Salvador, que realmente sofreu a morte não só pela culpa primitiva, mas também pelos pecados atuais do homem. - Lc 1:27,35; Jo 1:14; 1Pe 3:18

Art. 4º Nós cremos na existência pessoal do diabo e dos seus anjos, espíritos malignos que junto a ele, serão punidos no lago de fogo. - Mt 25:41

Art. 5º Nós cremos que a regeneração, ou novo nascimento, se recebe somente pela fé em Cristo Jesus; o qual foi entregue pelas nossas ofensas, e ressuscitou para a nossa justificação. Aqueles que estão em Cristo Jesus (purificados com seu sangue) são novas criaturas e temos a Ele por sabedoria, justiça, santificação e redenção. - Rm 3:24-25; 2Co 5:17; 1Co 1:30

Art. 6º Nós cremos no batismo nas águas com uma só imersão, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, segundo o mandamento do Senhor Jesus. - Mt 28:18-19

Art. 7º Nós cremos no batismo do Espírito Santo, com o sinal de falar novas línguas, como o Espírito Santo concede que se fale. – At 2:4; 10:45-47; 19:6

Art. 8º Nós cremos na Santa Ceia; Jesus Cristo tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-o aos discípulos, dizendo "Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim". Semelhantemente tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: "Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós". – Lc 22:19; 1Co 11:24

Art. 9º Nós cremos que é necessário de nos abster das coisas sacrificadas aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e da fornicação, como foi decretado pelo Espírito Santo na Assembléia Geral que foi realizada em Jerusalém, segundo Atos 15:28-29; 16:4; 21:25.

Art. 10º Nós cremos que Jesus Cristo tomou sobre Si todas as nossas enfermidades, por isso que nós obedecemos a seu mandamento: Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da Igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. – Mt 8:17; Tg 5:14-15

Art. 11º Nós cremos que o mesmo Senhor (antes do milênio) descerá do céu com alarido, com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. - 1Ts 4:16-17; Ap 20:6

Art. 12º Nós cremos que haverá a ressurreição corporal dos mortos, justos e injustos. Estes irão para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna. – At 24:15; Mt 25:46


"Aprovado pelas igrejas italianas" 1927.



(Ao término, uma sentença determinava "portas fechadas" a todos quantos não se fizessem pautar segundo as referidas deliberações, citando-se a II Epístola de João em seu versículo de número 10).


________________________________
* sob a presidência de Max Tosetto.
** por Caterina Palma.





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Mensagem  "Ekklésia Christiana" Qua Fev 29, 2012 4:25 pm


Saudações cristãs,

Prezados...




A seguir, síntese ou resumo da denominada Declaração de Fé ítalo-americana, por Max Tosetto* (1936):


“Crença na Bíblia Sagrada como regra de fé e suficiente para a Salvação;
Crença no Trindade;
Crença na Natureza Humana e Divina de Cristo – verdadeiro Homem verdadeiro Deus – cuja obra de Salvação, expiando não só o pecado original mas pelo atual da humanidade, permite-nos chegar ao Pai sem intermediários;
Crença que a justificação se alcança só pela fé em Cristo;
Crença no Batismo no Espírito Santo e seus dons;
Crença que o Mal foi vencido por Cristo e será lançado à punição eterna;
Crença na validade das regras do Novo Testamento para a preservação da santidade do corpo;
Crença que Jesus Cristo tomou nossas dores e enfermidades assim praticamos a unção com o óleo;
Crença na celebração do Batismo e na Santa Ceia;
Crença na volta gloriosa de Cristo e na ressureição corporal de todos os mortos e no juízo final.”


_______________________________
* a quem coube a presidência e chancela da Conveção Geral de Niágara Falls (1927).




Atenciosamente,

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